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Spiritbox ainda não paga as contas de ninguém, diz Courtney LaPlante

Vocalista acredita que há uma romantização em torno da realidade financeira das bandas

Fundado em 2016, o Spiritbox vem ganhando cada vez mais evidência no cenário do metal. “Eternal Blue”, seu álbum de estreia, conseguiu posições de destaque em várias paradas internacionais. A banda canadense faz shows esgotados e aparece no lineup de festivais consagrados, como o Knotfest Austrália. Ainda, abrirá as apresentações do Ghost na França em maio.

No entanto, apesar do crescente sucesso, há a sensação de insegurança financeira dentro do grupo. Em entrevista à revista Revolver, a vocalista Courtney LaPlante explicou que, quando se é um músico profissional, o dinheiro recebido é sempre incerto. Mesmo que o Spiritbox esteja “bem das pernas” no momento, essa continua sendo uma preocupação constante.

“Para outros artistas que estão no meio há mais tempo: vocês passaram a ter esse sentimento de segurança financeira ou parece que vão continuar inseguros com isso para sempre? Porque eu ainda tenho mais a sensação de trabalhar em escritório do que de, tipo, estar no Slipknot.”

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“Fetiche”

Para a cantora, a realidade financeira das bandas vem sendo romantizada ao longo dos anos. Em sua opinião, há uma espécie de “fetiche” do público, que enxerga os grupos como mercadorias em vez de trabalhadores comuns.

“Tenho 33 anos e tenho tocado em bandas a minha vida inteira na esperança de que isso valha a pena. Mas eu conheço a realidade. Se as pessoas soubessem o quão não-lucrativo é esse mundo e o quão pouco dinheiro a maioria das bandas ganha, elas provavelmente comprariam mais camisetas. Uma vez eu vi um tópico no Reddit que dizia: ‘Oh meu Deus, essas pessoas têm outros empregos? Eles têm 700 mil ouvintes mensais’. E eu pensei: [estar em uma banda] não paga as contas de ninguém.”

Sonho começa a se tornar realidade

LaPlante, junto do marido Mike Stringer (guitarrista do Spiritbox), integrou a banda Iwrestledabearonce entre 2012 e 2015. Com o fim do grupo, ambos trabalharam longe dos palcos por um tempo, cuidando dos dados de um hospital canadense.

Sendo assim, poder dedicar-se 100% à música atualmente e ter uma base fiel de fãs – são mais de um milhão de ouvintes mensais do Spiritbox no Spotify – é um sonho se tornando realidade para a vocalista.

“Por mais de 10 anos, eu tenho corrido atrás desse sonho louco. Independente das pessoas apoiarem ou não, elas realmente não entenderam, porque é uma coisa tão estranha de se fazer. [Elas pensam] tipo, ‘por que você está gastando todo o seu dinheiro gravando músicas que ninguém quer ouvir?’. É difícil explicar para as pessoas porque é extremamente irracional. Quando você diz isso em voz alta, você pensa ‘por que estou fazendo isso? Estou louca?’.”

Sobre o Spiritbox

O Spiritbox foi criado no Canadá em 2016. A banda, que tem como destaque a cantora Courtney LaPlante, conquistou notoriedade nas plataformas digitais com uma série de singles e EPs liberados antes de seu primeiro álbum, “Eternal Blue” (2021).

O disco de estreia conseguiu posições relevantes nas paradas internacionais, incluindo Estados Unidos (13º), Reino Unido (19º), Austrália (8º) e Alemanha (17º). O trabalho mistura metalcore e sonoridades post-metal com melodias radiofônicas e influências progressivas.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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