Noel e Liam Gallagher estão em um estado perpétuo de briga. Apesar do guitarrista ter se divorciado recentemente da esposa e todo fã ver isso como sinal de um retorno iminente do Oasis, nenhum anúncio foi feito. Diante disso, alguns fãs perderam a paciência e resolveram promover eles mesmos uma volta da banda, com auxílio de inteligência artificial.
Chamado AIsis (uma referência à sigla “AI”, para Artificial Intelligence), o projeto é chefiado por Bobby Geraghty, cantor, compositor e produtor de 32 anos. Em entrevista ao Guardian, ele declarou:
“A gente ficou de saco cheio de esperar o Oasis voltar. Tudo que temos agora é Liam e seu irmão tentando superar um ao outro. Mas isso não é Oasis. Então a gente pegou um modelo IA do Liam pra cantar algumas músicas que foram originalmente compostas para uma banda de curta existência chamada Breezer.”
Chris Woodgates, guitarrista e letrista do Breezer, também falou ao jornal:
“Estamos juntos há 10 anos, fizemos umas canções em 2013, mas botamos na gaveta e seguimos em frente. Durante o lockdown, a gente achou que poderíamos fazer algo com elas, então lançamos duas delas – ‘Alive’ e ‘Forever’ – que tiveram um pouco de tração, mas logo perderam fôlego. Então Bobby teve a ideia doida de botar o Liam de vocalista.”
Oasis e AIsis
O resultado é “The Lost Tapes”, um disco que imagina como seria se a formação clássica do grupo continuasse gravando material. Para obter a voz de Liam Gallagher, Bobby Geraghty basicamente alimentou um gerador de inteligência artificial com toda a discografia do Oasis e usou o resultado para substituir seus vocais originais.
Ouça “The Lost Tapes” a seguir.
Inteligência artificial na música
Recentemente, o uso de inteligência artificial para criar cópias de artistas gerou controvérsia quando uma música chamada “Heart On My Sleeve”, creditada como um dueto entre Drake e The Weeknd, apareceu em plataformas digitais na última segunda-feira (17).
O dueto se tratava de uma construção feita através de inteligência artificial, o que disparou alarmes no mundo da música. A canção já estava a caminho de entrar nas paradas quando a Universal entrou com pedidos de retirada de todos os serviços possíveis, alegando violação de direito autoral.
Em declaração oficial à Variety, representantes da Universal disseram:
“O treinamento de geradores movidos a inteligência artificial usando a música de nossos artistas (que representa uma quebra de nossos acordos e uma violação de lei de direito autoral), assim como a disponibilidade de conteúdo infrator criado por IA em plataformas, traz à tona a questão de que lado da história stakeholders no ecossistema musical querem estar: o lado de artistas, fãs e expressão criativa humana, ou no lado de deepfakes, fraude e negar artistas sua compensação justa. Esses episódios demonstram como plataformas tem uma responsabilidade legal e ética fundamental de impedir o uso de seus serviços de maneiras que ferem artistas.”
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