Uma verdade inconveniente que todo emo precisa se confrontar é o quão farofa o subgênero consegue ser. Seja as afetações de teatro musical do Panic! At The Disco às EMOÇÕES do My Chemical Romance, estamos falando de música histriônica por natureza. Uma cena criada em torno da ideia de ser extra.
E ninguém conseguia ser mais extra que o Fall Out Boy. Títulos de música impossíveis de tuitar de uma vez só, vocais olímpicos, letras intrincadas com referências esotéricas. Pompa e circunstância.
O problema é que, com o passar do tempo, o grupo foi deixando os aspectos mais interessantes de seu som para trás. “So Much (For) Stardust” marca um ponto interessante na carreira do Fall Out Boy. O grupo efetivamente terminou em 2008 apenas para retornar em 2013 e agora eles têm o mesmo número de álbuns lançados pós-hiato quanto antes – quatro a quatro.
Infelizmente, essa é a única coisa interessante em “So Much (For) Stardust”. É um disco feito de fogos de artifício e nada mais. Música para tocar em eventos esportivos, montagens de melhores momentos da rodada, daquelas que você esquece 30 segundos depois de tocar.
Nem tem o que destacar, do quão esquecíveis são as canções. Pete Wentz (baixo) e Patrick Stump (voz e guitarra) parecem desinteressados em expor qualquer tipo de emoção verdadeira, ou sequer senso de humor além de referências canhestras a memes. Eles viraram tiozões farofeiros do mesmo calibre do Mötley Crüe.
Em um ano que já teve o retorno triunfal do Paramore após cinco anos parado, “So Much (For) Stardust” parece ainda pior em comparação. Sem inspiração alguma.
Ouça “So Much (For) Stardust” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.
O álbum está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!
Fall Out Boy – “So Much (For) Stardust”
- Love From the Other Side
- Heartbreak Feels So Good
- Hold Me Like A Grudge
- Fake Out
- Heaven, Iowa\
- So Good Right Now
- The Pink Seashell ft. Ethan Hawke
- I Am My Own Muse
- Flu Game
- Baby Annihilation
- The Kintsugi Kid (Ten Years)
- What A Time To Be Alive
- So Much (For) Stardust
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Ora pois, a “”””””crítica”””””” é sobre um disco emo, utilizando parâmetros de outros gêneros? Qual era a expectativa? Uma vibe mais Pop? Metal? Lírico?
Títulos extensos, vocais marcantes e possibilidade de interpretações diferentes da letra são características do gênero. Seria mais adequado que o post estivesse mais pautado na compreensão das diferenças entre gêneros e subgêneros musicais. E sobre a relação dos títulos para a quantidade de caracteres de um tweet… bem, nem é possível construir um argumento sensato para esse apontamento.
Depois de estudar mais sobre o gênero (e sobre musica, musicalidade e arranjo também), seria cabível uma breve leitura das partituras e fazer críticas sob critérios técnicos.
Aposto minhas fichas que caso o FOB forçassem um pouco mais as delimitações do gênero, a crítica seria por falta de consistência.
O texto não é assinado por mim, mas os pontos que você levantou (títulos extensos, vocais marcantes e possibilidade de interpretações diferentes da letra) não foram criticados. O autor ainda nem estava falando do novo álbum quando mencionou isso, faz parte apenas da introdução. É importante ler o texto completo para compreendê-lo.