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Como os sintetizadores entraram no som do A-ha

Bridges, grupo que contava com 2 dos 3 membros principais da banda, tinha uma sonoridade mais pop rock convencional

Ao se tornar o maior produto de exportação da história da Noruega, o A-ha encontrou grande auxílio nos sintetizadores. A característica destoava da banda anterior do multi-instrumentista Pål Waaktaar-Savoy, o Bridges, com uma sonoridade mais convencional dentro do pop rock.

Em entrevista ao Music Radar, o integrante do grupo revelou que a transição já era prevista, mesmo se tivesse continuado no conjunto anterior.

“Bem, na verdade, no último álbum com Bridges (‘Våkenatt’, gravado em 1980 e disponibilizado apenas em 2018) já tínhamos tomado a decisão de que precisávamos ter sintetizadores. Então forçamos nosso baixista a comprar um sintetizador de baixo e nosso baterista a comprar uma bateria de sintetizador. Não podíamos comprar a última novidade, então era mais como as versões dos anos 70, onde tínhamos que gastar meia hora obtendo o próximo som antes que você pudesse tocar.”

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A inexperiência na manipulação da tecnologia acabou influenciando no resultado – e no arquivamento consequente.

“Chegamos com um cassete ruim tendo algumas demos e percebemos que tínhamos que fazer algo melhor. Então reservamos o estúdio em Sydenham, no sul de Londres. A única coisa que sabíamos era que teria que ter uma bateria eletrônica e um sintetizador, além de precisar ser barato. Passamos nossa adolescência tocando em bandas tradicionais, então ficamos muito inspirados porque naquele ponto havia um produto novo e empolgante sendo lançado. Parecia que em todos os lugares que você olhava havia um novo tipo de invenção chegando. Dava para explorar nosso instinto curioso.”

Magne Furuholmen também integrou o Bridges, tocando guitarra. Ao passar para o teclado no A-ha, confirma ter adquirido um novo senso melódico, o que influenciou suas composições.

“Foi uma jornada que Paul e eu tivemos, já que ele tocava bateria e eu era o cantor e guitarrista. Então ele mudou para a guitarra e passamos a ter duas na banda. Quando começou a cantar, basicamente sugeriu que eu deveria mudar para o teclado, já que nosso pianista havia saído. Não estava muito interessado nisso, mas fiz o que fosse necessário e éramos grandes fãs do The Doors na época. Eu gostava muito de Ray Manzarek e meio que modelei meu estilo de teclado nele tocando baixo e sintetizador na mão esquerda, com um pequeno som de órgão na mão direita. O importante era experimentarmos o que tivéssemos à mão.”

Sobre o A-ha

Ainda juntos, contando com a companhia do vocalista Morten Harket, o A-ha vendeu mais de 100 milhões de cópias dos seus 11 álbuns de estúdio e singles.

O disco mais recente, “True North”, saiu em outubro do ano passado, chegando ao top 20 em 12 paradas europeias, com destaque para o 3º lugar na terra natal da banda.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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