Não é de hoje que o Kiss é acusado de usar playback na voz de Paul Stanley em seus shows e agora Doc McGhee tentou explicar melhor a situação. O empresário de longa data dos mascarados garantiu que o vocalista e guitarrista canta em todos os shows, mas também admitiu que há uma espécie de base pré-gravada executada ao mesmo tempo.
McGhee falou rapidamente com o canal do YouTube Syncin’ Stanley, dedicado a mostrar deslizes do grupo nos últimos anos que acabaram por revelar os alegados playbacks. Conforme transcrito pelo Blabbermouth, o manager disse:
“Ele canta todas as faixas (pré-gravadas), então ele canta (ao vivo) com todas elas. Então ele não está dublando. Ele canta mesmo. É uma melhora. É apenas parte do processo para garantir que todo mundo ouça as músicas da forma que elas deveriam ser cantadas inicialmente. Ninguém quer ouvir as pessoas fazendo coisas que não são reais, não é isso que elas vieram para ouvir.”
Nessa primeira fala, McGhee acabou admitindo a existência do material pré-gravado por trás da voz. Porém, ele reforçou que o Starchild canta ao vivo.
“Ele canta junto com as faixas (pré-gravadas). É tudo parte do processo, porque todos querem ouvir todos cantando. Ele canta. Ele canta todas as músicas.”
Paul Stanley e o playback nos shows do Kiss
Desde o início de 2019, quando o Kiss começou a turnê de despedida “End of the Road”, Paul Stanley já era alvo de acusações por usar playback nos shows. Alguns vídeos na internet surgiram para reforçar a tese. O uso de material pré-gravado divide opiniões, principalmente pelo fato de que o baixista e também cantor Gene Simmons era um grande crítico da prática até alguns anos atrás.
Um dos momentos mais recentes que deixou bem evidente o uso do recurso aconteceu em um show na Bélgica, em junho de 2022. No final de “Detroit Rock City”, o baterista Eric Singer cometeu um raro erro e esqueceu de descansar por um compasso antes da banda entrar e a pirotecnia ser lançada. Com isso, a voz de Stanley pode ser claramente ouvida enquanto ele está longe do microfone.
Confira abaixo.
Um internauta também obteve vídeos de seis shows diferentes do Kiss em tempos recentes para mostrar que Stanley está cantando exatamente igual em todas as apresentações. Isso pode ser um sinal de que a voz está pré-gravada, visto que é humanamente impossível performar seis vezes a mesma música de forma idêntica.
Assista a seguir.
Kiss e a “End of the Road”
A “End of the Road” é a segunda turnê de despedida do Kiss, mas eles juram que esta realmente é a última. De acordo com Doc McGhee, o último show da tour, ainda sem data exata para acontecer, deve acontecer ainda em 2023.
Enquanto isso não acontece, o Kiss passa pela América do Sul pela segunda vez na mesma turnê. Serão 5 shows no Brasil em abril. Confira a agenda a seguir.
- 15 de abril: Arena da Amazônia, Manaus (com Scorpions e Sepultura);
- 18 de abril: Arena BRB Mané Garrincha, Brasília (com Deep Purple);
- 20 de abril: Esplanada do Mineirão, Belo Horizonte;
- 22 de abril: Allianz Parque, São Paulo (festival Monsters of Rock, com Scorpions, Deep Purple, Helloween, Saxon, Doro e Symphony X);
- 25 de abril: Hard Lock Live, Florianópolis.
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