A volta do Mr. Big, a princípio somente para uma turnê de despedida, já foi confirmada pelos três remanescentes da formação mais clássica da banda: o vocalista Eric Martin, o guitarrista Paul Gilbert e o baixista Billy Sheehan.
Morto em 2018, o baterista Pat Torpey foi inicialmente substituído por Matt Starr, mas o grupo já confirmou que não será ele a ocupar o posto em compromissos futuros.
Em entrevista que em breve estará disponível em IgorMiranda.com.br – tanto no site quanto no canal de YouTube –, Eric Martin negou-se a revelar quem foi o escolhido, mas forneceu mais dicas sobre ele; de certa forma, encurtando um bocado a lista de possíveis nomes. O vocalista afirma:
“Se eu te contasse em primeira mão quem é [o novo baterista], eu provavelmente seria torturado pela banda. Vamos fazer o anúncio em breve, mas te adianto que é um baterista fantástico, que começou no hard rock e depois partiu para coisas mais prog. Ele já tocou com o Paul Gilbert, de quem é muitíssimo amigo.”
Martin contou ainda detalhes acerca do teste realizado que efetivou o ainda misterioso batera no cargo:
“Ele gravou uns vídeos tocando músicas como ‘Take Cover’, ‘Lucky This Time’ e acho que ‘My Kinda Woman’, do ‘Lean Into It’ (1991); músicas mais obscuras, sabe? E ele além de tocar fez todas as harmonias vocais, para que pudéssemos ver [como ele se saía]. Isso é meio que um pré-requisito, sabe? Além de ser um bom baterista, o cara precisa ser um excelente cantor, tal como Pat Torpey. Esse cara tem tudo isso; ótimo baterista, ótimo cantor, e aparentemente muito gente boa, também. E mais: vocês devem conhecê-lo. Ele tem um baita sorriso!”
O novo baterista do Mr. Big
Com base nas informações até então divulgadas e na recente fala de Eric Martin, alguns nomes surgem como possíveis novos bateristas do Mr. Big. São eles, mencionados em ordem alfabética:
Jeff Martin: o americano começou nos anos 1980 como vocalista do Racer X — grupo do qual Paul Gilbert fez parte — antes de tornar-se baterista quase que em tempo integral, tendo substituído Eric Singer no Badlands, integrado o The Scream e colaborado com Pat Travers e Michael Schenker.
Kenny Aronoff: o histórico de topa-todas e multiuso do americano o torna um possível, embora improvável, nome. Além de Gilbert, seu currículo também inclui trabalhos com John Fogerty, Chickenfoot, Smashing Pumpkins, Jon Bon Jovi, entre outros.
Marco Minnemann: além de cantar nos próprios álbuns, o multi-instrumentista nascido na Alemanha foi colaborador de Gilbert e de nomes ligados ao rock instrumental com inclinações ao prog, como Jordan Rudess (Dream Theater) e Tony MacAlpine. Participou ainda das famosas audições promovidas pelo Dream Theater em busca de um substituto para Mike Portnoy – vencidas por Mike Mangini.
Mike Portnoy: talvez o palpite mais óbvio dada a parceria estabelecida com Billy Sheehan primeiro no The Winery Dogs e depois no Sons of Apollo. Embora só tenha participado de um álbum solo de Gilbert (“Stone Pushing Uphill Man”, de 2014), o ex-Dream Theater tocou com o guitarrista em diversos álbuns-tributo e ao vivos. Por outro lado, não se enquadra exatamente na definição de “baterista-cantor” dada pelos remanescentes do Mr. Big em outras entrevistas.
Thomas Lang: o austríaco fundador do grupo prog stOrk foi colaborador de Gilbert em duas ocasiões — “Vibrato” (2012) e “I Can Destroy” (2015). Como Minnemann, participou das famosas audições promovidas pelo Dream Theater em busca de um substituto para Mike Portnoy.
Confira abaixo um levantamento mais completo de bateristas que já tocaram com Paul Gilbert, também em ordem alfabética:
- Bill Ray
- Brian Foxworth
- Harry Gschoesser
- Jeff Bowders
- Jeff Martin
- Jimi Bott
- Johnny Fedevich
- Kenny Aronoff
- Marco Minnemann
- Matt “Muck” Muckle
- Mike Portnov
- Pat Mastelotto
- Reinhardt Melz
- Rick Lee
- Scot Coogan
- Thomas Lang
Relembre também – entrevista de 2010 com Paul Gilbert:
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