Após a primeira saída de Ian Gillan e Roger Glover, o Deep Purple precisou correr atrás de novos vocalista e baixista para completar sua formação. A situação poderia ter sido resolvida apenas com um nome, já que a banda chamou Glenn Hughes, do então emergente Trapeze, para a segunda função. Porém, os músicos queriam alguém que pudesse cumprir o papel de mestre de cerimônias.
A solução veio através de David Coverdale, um desconhecido que se tornaria estrela com o passar dos anos. Mas antes dele, um nome já conhecido do grande público quase foi o titular do posto. Paul Rodgers, que há pouco tinha encerrado o Free e estava dando os primeiros passos do que se tornaria o Bad Company, chegou a ser convidado pelo grupo britânico.
A história foi lembrada por Glenn Hughes em recente aparição no The Eddie Trunk Podcast, transcrita pelo Rock Celebrities.
“Era maio de 1973 quando nos encontramos. Achei que pediriam para eu ser vocalista e baixista, pois já era o que eu fazia. Mas disseram que já tinham convidado Paul Rodgers para ser o cantor. Por um lado, pensei ‘que droga’, por outro imaginei que seria possível cantarmos juntos. Porém, ele recusou. Já estava envolvido com o Bad Company. Sendo assim, fomos atrás de alguém que pudesse fazer o mesmo. Ritchie Blackmore já conhecia e gostava do estilo de David Coverdale.”
Paul Rodgers e Deep Purple
A história não é realmente desconhecida de quem acompanha a carreira do Purple. O próprio Paul Rodgers já comentou o assunto em várias oportunidades. Uma delas foi em 2007, durante entrevista ao Houston Press.
“O Free e o Deep Purple haviam tocado juntos na Austrália e fiquei amigo de Jon Lord. Trocamos números de telefone e um dia ele me ligou perguntando se eu estava interessado na possibilidade de me juntar à banda. Porém, eu estava trabalhando no Bad Company, então não foi possível.”
A parceria de Glenn Hughes e David Coverdale nos vocais durou 3 álbuns de estúdio: “Burn” (1974), “Stormbringer” (1974) e “Come Taste the Band” (1975), este último com Tommy Bolin substituindo Ritchie Blackmore na guitarra. No ano seguinte a banda se desfez, retornando em 1984 com a formação anterior.
Paul Rodgers deu prosseguimento à carreira de forma bem-sucedida com o Bad Company. Ainda lançou uma série de trabalhos solo, além de ter integrado projetos como o The Firm e o Queen + Paul Rodgers.
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