Bruce Gowers, diretor de prestigiados videoclipes da música, morreu no último domingo (15), aos 82 anos, em Santa Monica, nos Estados Unidos. De acordo com o site The Hollywood Reporter, ele teve complicações após contrair uma infecção respiratória.
O britânico começou sua carreira na emissora de televisão BBC, trabalhando primeiramente como assistente de produção e cinegrafista. Depois, na década de 70, entrou para a indústria de videoclipes e fez história com o vídeo de “Bohemian Rhapsody”, do Queen.
O profissional continuou colaborando com a banda liderada por Freddie Mercury em outras produções, dirigindo também os clipes de “You’re My Best Friend” e “Somebody to Love”. Ao longo dos anos, esteve por trás de vídeos dos Rolling Stones (“Fool to Cry”), Kiss (“A World Without Heroes”), Michael Jackson (“Rock With You”), Rod Stewart (“Da Ya Think I’m Sexy?”), Whitney Houston (“Why Does It Hurt So Bad”), Rush (“Tom Sawyer”), Alice Cooper (“How You Gonna See Me Now”), Bee Gees (“How Deep Is Your Love”) e Prince (“1999”).
Em meados dos anos 80, Gowers decidiu retornar à TV. Comandou especiais de artistas e, em 1998, ganhou um prêmio Emmy pelo show “Fleetwood Mac: The Dance”, transmitido na MTV em 1997. Pela direção de “The Heart Of Rock ‘n’ Roll”, do Huey Lewis & The News, levou para casa em 1986 um Grammy de Melhor Vídeo Musical Longo.
Ainda idealizou especiais de comédia com Billy Crystal, Robin Williams, Rodney Dangerfield e Eddie Murphy. Dirigiu, também, 234 episódios do programa de competição “American Idol”.
Queen e o clipe de “Bohemian Rhapsody”
A gravação do vídeo de “Bohemian Rhapsody” aconteceu em Londres, no Elstree Studios, em novembro de 1975, e durou cerca de três horas. Foi o primeiro clipe a ganhar transmissão no programa Top of the Pops, que mostrava os sucessos da parada britânica.
Em entrevista ao jornal Daily Mail, Bruce Gowers revelou que recebeu apenas US$ 590 pelo trabalho. Ele também opinou sobre a importância do videoclipe, que acumula mais de 1,5 bilhão de visualizações no YouTube.
“Mudou a forma como a música era percebida; todo mundo estava fazendo vídeos e as bandas estavam vendo suas vendas e posições nas paradas subirem se seus clipes fossem bons.”
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