Guitarrista do Queen, Brian May é uma fã de longa data do Led Zeppelin. O músico já contou anteriormente que viu o grupo de Jimmy Page ao vivo pela primeira vez em 1969, em Londres, e que ficou impressionado, pois eles eram “tudo que [eu e o baterista Roger Taylor] queríamos ser”.
Apesar da admiração, May relembrou em entrevista à revista Total Guitar o desânimo que sentiu quando começou a ouvi-los. Isso porque ele tinha a impressão de que, por causa do Zeppelin, o Queen não poderia fazer sucesso.
“Aqueles caras não eram muito mais velhos que a gente. Na primeira vez que ouvimos o Zeppelin, pensamos: ‘ah, meu Deus, é aqui que estamos tentando chegar e eles já chegaram’. Então, de certa forma, houve momentos em que sentimos que tínhamos perdido a oportunidade, como se não pudéssemos mais lançar nossas músicas. Mas, musicalmente, nossa visão era um pouco diferente do Zeppelin. É mais harmônica e melódica, eu acho.”
Ainda assim, mesmo com as diferenças, o grupo composto por Page (guitarra), Robert Plant (voz), John Paul Jones (baixo) e John Bonham (bateria) exerceu muita influência no trabalho do Queen, para além da música. May explicou:
“Nunca teria vergonha de dizer que o Zeppelin foi uma grande influência para nós, não apenas musicalmente, mas também na forma como eles lidaram com os negócios, sem deixar de lado suas opiniões. Como lidaram com sua imagem, sua integridade, a forma como pensavam em seus shows – tantas coisas. Suponho que olhando para Zeppelin, Beatles e The Who, você veria de onde a gente veio.”
Queen – “Now I’m Here” x Led Zeppelin – “Black Dog”
Na mesma conversa, Brian May assumiu que a faixa “Now I’m Here”, lançada pelo Queen em 1974, teve certa inspiração da clássica “Black Dog”, divulgada pelo Led Zeppelin em 1971. Compare as duas nos players abaixo.
“Devo muito a Jimmy Page, é claro, ele é o mestre dos riffs e o mestre em se perder intencionalmente entre os compassos. Acho que, definitivamente, essa música foi inspirada pelo espírito do Zeppelin. Todas aquelas coisas maravilhosas que acontecem quando Bonzo [baterista] compõe na bateria, como se estivesse em um compasso diferente, tudo isso sempre me fascinou.”
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