Kerry King revela por que não permaneceu no Megadeth

Guitarrista do Slayer tocou apenas 5 shows com a banda de Dave Mustaine e foi mais do que o suficiente para ver que não daria certo

A passagem de Kerry King pelo Megadeth foi tão rápida que muita gente sequer soube dela por muitos anos – especialmente na era pré-internet. Foram apenas 5 shows em 1984, todos eles na região de San Francisco. Cumprida a agenda, o guitarrista voltou para o Slayer, de onde nunca mais saiu.

Com o passar dos anos, o músico não perdeu uma oportunidade sequer para alfinetar Dave Mustaine, citando a personalidade difícil do líder do grupo rival. Porém, com o passar dos anos as coisas se amenizaram e eles fizeram as pazes.

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Em entrevista ao canal do Loudwire no YouTube, resgatada e transcrita pelo Metal Injection, Kerry relembrou a breve parceria.

“Tive a sorte de ver o Metallica com Mustaine. Digo isso só porque foi uma coisa rara. Fiquei intrigado com Mustaine, ele detonava na guitarra. Fiquei deslumbrado com seu estilo. Acho que foi através da BC Rich (fabricante de instrumentos) que descobri que ele estava perguntando sobre mim.”

No entanto, King deixa claro que nunca considerou trocar de banda em definitivo.

“No final do dia, pensei: ‘Esta é uma situação de aprendizado gigantesca.’ E também pensei que as pessoas me veriam e me conheceriam do Slayer ou pelo menos faria com que pensassem no Slayer. Tinha as melhores intenções em mente. Nunca falei ou pensei em ficar no Megadeth.’”

Até porque…

“Não sei como alguém consegue ficar no Megadeth mais que algumas horas. Dave é louco.”

Mesmo na parte sonora, o músico entende que os estilos diferentes acabariam criando fricção.

“O material dele é mais… eu não diria intrincado porque também temos partes intrincadas. Mas ele escreve riffs em uma perspectiva muito diferente.”

Kerry King e Slayer

Kerry King conheceu o também guitarrista Jeff Hanneman durante audição para uma banda, em 1981. Os dois disputavam a vaga, mas não gostaram do grupo, que era voltado ao southern rock. Vendo que tinham afinidades musicais, resolveram juntar forças e fundaram o Slayer.

A banda se tornou referência de sonoridade agressiva para todas as gerações posteriores, tendo vendido mais de 20 milhões de discos em todo o mundo. Encerrou atividades em 2019, já sem Hanneman, falecido 6 anos antes.

*Foto: pitpony.photography / CC BY-SA 3.0

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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