Lançado em 1983, o álbum “Born Again” marcou a curta união dos instrumentistas da formação original do Black Sabbath com o vocalista Ian Gillan, à época há quase uma década fora do Deep Purple. A aventura durou menos de um ano, com o baterista Bill Ward sequer participando da turnê – cedendo lugar a Bev Bevan, mais conhecido pelo trabalho com a Electric Light Orchestra.
Apesar de contar com admiradores, o som sempre encontrou resistência em um fator: a qualidade de som. Em entrevista à rádio espanhola Rock FM (transcrita pelo Blabbermouth), Gillan foi questionado se é verdade que quebrou a primeira cópia que teve, por conta da frustração com o resultado.
“Não quebrei, joguei a fita pela janela do carro (risos). Fiquei decepcionado. Eu não tinha a mesma mentalidade dos outros caras na banda. Passei um ano fantástico com eles, foi uma loucura. Mas quando terminamos as mixagens… Ainda tenho um cassete em casa com as mixagens originais e soa fantástico. Foi como ouvi pela última vez no estúdio. Quando saiu o álbum definitivo, tomei um susto. O estrondo do baixo foi um pouco demais para mim.”
Apesar disso, o cantor reconhece algumas qualidades.
“Amo algumas músicas. ‘Trashed’ é um dos meus rocks favoritos de todos os tempos. Especialmente porque a letra relata um acontecimento real.”
Durante a turnê, ficou claro que Gillan não fazia parte daquilo.
“Além das músicas de ‘Born Again’, tínhamos que apresentar as que eles fizeram com Ozzy. Nunca me senti confortável, embora elas fossem ótimas e eu conseguisse cantá-las. Mas não sou ele, não parecia o certo.”
Black Sabbath, Ian Gillan e “Born Again”
“Born Again” chegou ao 4º lugar na parada do Reino Unido. No ano seguinte, Ian Gillan foi chamado para a reunião do Mark II do Deep Purple. Exceto por um período fora na virada dos anos 1980 para os 90, permanece no posto até hoje.
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