É verdade que Debbie Harry quase foi uma das vítimas de Ted Bundy?

Historiadores do caso duvidam ter se tratado do assassino e citam fenômeno comum que faz mulheres pensarem que tiveram encontro com serial killer

A história do rock é cheia de histórias escabrosas, mas no caso de Debbie Harry foi mais uma questão de “quase”.

A vocalista do Blondie relatou a um jornal (trecho resgatado pelo site Far Out Magazine), no final dos anos 1980, uma experiência traumática após ser abordada na rua por um homem misterioso oferecendo uma carona.

“Eu estava tentando pegar um táxi no lower east side do Village em Nova York, e estava meio tarde. Isso foi no início dos anos 1970. Eu sequer tinha uma banda ainda. Estava tentando atravessar a cidade para uma boate de after. Um carrinho branco encosta e um cara me oferece uma carona. Eu continuei tentando arrumar um táxi. Mas ele foi muito persistente, e perguntou onde eu estava indo. Era apenas uns quarteirões de distância, e ele disse, ‘Vem, eu te dou uma carona.’”

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A cantora contou que ao entrar no carro, notou que, apesar de ser verão, todas as janelas estavam fechadas exceto por uma fresta, e não havia nenhuma manivela para baixar o vidro dentro do veículo. Ou maçanetas. O interior estava completamente removido de tudo capaz de permitir sua saída.

Harry conseguiu espremer o braço pela fresta na janela e abrir a porta pelo lado externo. O motorista viu o que ela estava tentando fazer e virou o carro com força, fazendo-a cair para fora.

Anos mais tarde, o serial killer Ted Bundy foi preso, julgado e executado. A vocalista leu sobre seus métodos e deduziu quase ter sido uma de suas vítimas, revelando a história para a imprensa.

Debbie Harry e Ted Bundy?

Entretanto, uma investigação do site de checagem de fatos Snopes com relação à cronologia dos fatos e o método do motorista misterioso descrito por Debbie Harry sugerem que não se tratava de Ted Bundy. O assassino no período dado pela cantora morava do outro lado dos Estados Unidos, e não existem registros dele algum dia ter ido para Nova York. O carro descrito pela líder do Blondie também não bate com os veículos usados pelo serial killer.

O artigo checando a história de Debbie Harry ainda cita Ann Rule, autora do estudo “The Stranger Beside Me”, que descreve como mulheres crentes de terem escapado das garras de Bundy nos anos 1970 não são um fenômeno raro. Rule diz:

“Mais ou menos uma dúzia de mulheres me contataram desde 1980, absolutamente convencidas que tinham escapado de Ted Bundy. Em San Francisco. Na Georgia. Idaho. Aspen, Ann Arbor, Utah… Ele não poderia estar em todos os lugares, mas para essas mulheres, existem memórias assustadoras desse homem bonito num Volkswagen bege – um homem que lhes deu uma carona, e que queria mais. Elas tem certeza que era Ted partindo pra cima delas, e declaram que nunca mais pediram carona. Para outras mulheres, é um homem com um sorriso brilhante que veio às suas portas, forçando intimidade e então ficando zangado quando não podem entrar.”

Apesar de ser informada de provavelmente não ser Bundy, Harry jura de pés juntos ter sido o assassino.

“Eles dizem que ele não estava em Nova York na época, mas acho que estão muito errados porque ele havia escapado e estava viajando pela Costa Leste. Acho que ninguém nunca investigou isso. Eu não sabia quem era até depois. Foi muito assustador.”

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Pedro Hollanda
Pedro Hollanda
Pedro Hollanda é jornalista formado pelas Faculdades Integradas Hélio Alonso e cursou Direção Cinematográfica na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Apaixonado por música, já editou blogs de resenhas musicais e contribuiu para sites como Rock'n'Beats e Scream & Yell.

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