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Os 10 discos que mudaram a vida de Mick Mars, do Mötley Crüe

Guitarrista teve aposentadoria anunciada nos últimos dias, sendo substituído por John 5; lista de álbuns prediletos vai de Jimi Hendrix a Frank Sinatra

Nos últimos dias o guitarrista Mick Mars teve sua aposentadoria anunciada. O músico é portador de espondilite anquilosante desde os 17 anos. A doença é um tipo de artrite que causa inflamações crônicas nas articulações da coluna vertebral, afetando outras partes do corpo. Não há cura.

Em sua homenagem, a Classic Rock resgatou uma matéria onde o membro do Mötley Crüe (sim, oficialmente ele continuará sendo um integrante da banda) escolhe os 10 álbuns que mudaram sua vida. São eles:

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Jimi Hendrix – “Axis: Bold as Love” (1968): “Provavelmente o meu favorito. Acho que foi quando Jimi começou a se tornar um compositor de verdade. Na época de ‘Are You Experienced?’ ele estava começando a sentir, embora talvez ainda estivesse um pouco envergonhado por cantar. ‘Axis’ o levou a outro nível de talento. Sua forma de tocar e escrever estava ficando melhor. Quando chegaram ao ‘Electric Ladyland’, com toda aquela jam e loucura que estava acontecendo, estava muito além do topo.”

Jeff Beck – “Truth” (1968): “Eu gosto muito de ‘Truth’. Sei que Beck e uma certa outra pessoa (Rod Stewart) na banda não se davam muito bem. Mas foi um ótimo álbum. E quando ele estava fazendo coisas com Terry Bozzio na bateria também era incrível.”

The Yardbirds – “Having a Rave Up” (1965): “O álbum inteiro soava novo, diferente e fresco. Tudo o que eu tinha ouvido naquele momento da minha vida eram músicas estúpidas como ‘Surfing Bird’ e esse tipo de coisa. Escutei esse e fiquei surpreso. Gostava de blues e um monte de coisas assim – Butterfield e Bloomfield e todos esses caras. Eu estava crescendo, seguindo em frente e descobrindo pessoas. ‘Rave Up’ foi o primeiro álbum em que Jeff Beck tocou, depois que ele assumiu o lugar de Eric Clapton.”

Cream – “Disraeli Gears” (1967): “Eric Clapton é muito fiel ao que faz, que é ser um bluesman. Ele é muito bom nisso e eu o admiro muito por manter o que acredita. O Cream mostrou outro lado dele, e então ele voltou às suas raízes novamente. Disraeli Gears foi um dos meus favoritos.”

Derek and the Dominos – “Layla and Other Assorted Love Songs” (1970): “Clapton se cercou de muita gente boa aqui, incluindo outra influência minha, Duane Allman. Várias pessoas diferentes, grandes nomes e outros não tão grandes. É como ‘Electric Ladyland’ estava um pouco à frente do seu tempo. Ninguém estava fazendo isso.”

Mike Bloomfield – vários discos: “Meu primeiro guitarrista favorito de todos os tempos – e ainda é. Ele me influenciou muito. Foi o primeiro cara do blues de verdade que escutei, depois de Ventures e coisas assim. Com Michael Bloomfield aprendi a dobrar cordas. Depois do Electric Flag ele se voltou para as coisas mais country, e foi aí que comecei a perder o interesse. E então a próxima coisa que sei é que ele morreu de overdose de drogas em 1981, aos 37 anos.”

Bad Company – “Bad Company” (1974): “Esse é um ótimo álbum. Eu não acho que haja uma música ruim nele. Todas são ótimas. Costumava tocar algumas delas nos clubes quando estava crescendo e aprendendo a tocar com outras pessoas. Eu entrei em uma banda meio decente que sabia tocar em vez de apenas tropeçar em seus instrumentos, então esse foi um disco incrível. Ainda é – eu ainda escuto muito.”

Band of Gypsys – “Band of Gypsys” (1970): “Vi documentários sobre o disco. Miles Davis queria tocar com eles em ‘Machine Gun’. Acredito que Jimi Hendrix ficou intimidado com a voz de Buddy Miles, que era incrível, enquanto ele nunca se sentiu confortável cantando.”

Led Zeppelin – “Led Zeppelin II” (1969): “Eu gosto bastante de Jimmy Page, aprendi com ele em particular sobre tons. Ele tocava com tons diferentes, mexia com as coisas e experimentava. Foi incrível com tudo o que fez – experimentando e tocando guitarra com arcos de violino. Ele foi o primeiro e deu certo. Eu gosto de ‘Led Zeppelin II’. Sim, eu gosto muito da banda.”

Frank Sinatra – “Frank Sinatra’s Greatest Hits” (1968): “Você quer ouvir algo diferente? Frank Sinatra! Ele e Billie Holiday cantavam de um jeito que parecia fora do tom, mas encaixava. Ninguém mais conseguia.”

Mick Mars e Mötley Crüe

Nascido em Terre Haute, Indiana, Robert Alan Deal saiu da escola após o ensino fundamental, se dedicando à carreira de guitarrista. Tocou em várias bandas de Blues Rock nos anos 1970, às vezes usando o pseudônimo Zorky Charlemagne. Entre os grupos que participou estava o Whitehorse, cujo vocalista se chamava Micki Marz, o que inspiraria a alcunha que o consagraria.

Outro nome que criou foi o do Mötley Crüe. Participou de todos os discos até hoje, sendo o único a ter acompanhado o baixista e líder Nikki Sixx incondicionalmente. A partir de agora ele será substituído nos shows por John 5, ex-Rob Zombie, Marilyn Manson e David Lee Roth.

Em anos recentes, Mars esteve preparando um disco solo. De acordo com as últimas informações o projeto está parado.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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