Desde o surgimento do punk como movimento musical, existe um debate sobre estilo versus substância. O vocalista do Bad Religion, Greg Graffin, resolveu adicionar sua opinião à discussão.
Numa entrevista para o programa Danny Wimmer Presents (transcrição via Ultimate Guitar) onde promovia seu livro mais recente, “Punk Paradox”, Graffin explicou a origem do título:
“É porque me encontrei nessa situação paradoxal onde punk sempre foi caracterizado por anarquia e f#der as coisas. E, é claro, existe esse elemento do punk. Mas minha vida, no que refleti sobre o assunto, não refletia a história dessa maneira. E isso foi meio paradoxal para mim.”
Greg Graffin e o paradoxo
A trajetória do cantor, de certa forma, comprova que nem sempre o punk se resume à sua estética. Além da música, ele tem uma longa carreira acadêmica: é doutor em zoologia pela Universidade de Cornell e ministrou cursos de ciências naturais nas Universidades da Califórnia (UCLA) e Cornell. Uma espécie de ave extinta do período Cretáceo inferior chegou a ser nomeada Qiliania graffini em referência ao sobrenome do artista.
Surgiu naturalmente, portanto, a reflexão sobre o papel da música punk além do movimento.
“O livro também traz um pouco de análise sobre o punk como gênero e há muito foco na música e nas grandes canções do punk — que eu acho que são subestimadas nesse mundo. Pessoas gostam de se concentrar nos atributos culturais do punk e não focam nas grandes canções, o que para mim é uma grande falha da caracterização do punk.”
A origem do punk
O punk surgiu em grande parte como uma resposta aos excessos do rock na época. Apresentava uma sonoridade alternativa sem firulas e baseada na ideia de “faça você mesmo”.
Porém, logo se tornou sinônimo com os visuais criados por Vivienne Westwood e modelados pelo grupo de fãs autointitulado Bromley Contingent. Nos Estados Unidos, o mesmo ocorreu com a estética dos Ramones e do movimento hardcore.
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O texto foi muito curto, mas de qualquer forma entendi a mensagem e compartilho. Tbm penso que a música punk abre uma chave em que podemos diferenciar o movimento/cultura das músicas com canções digamos raízes e “midernizadas” ou “Poptizadas” sem perder qualidade ou característica do gênero