São raros os casos de vocalistas dos anos 1960, 70 e 80 que ainda conseguem equiparar suas performances com o registro atual. Robert Plant certamente não é um deles. Porém, o cantor do Led Zeppelin teve a mais sábia atitude diante da situação: reconheceu as limitações e adaptou as músicas ao que pode oferecer.
Em entrevista ao Los Angeles Times, o cantor refletiu sobre as inevitáveis mudanças que o tempo traz e se mostrou confortável com a maneira como canta.
“Tenho consciência de que aquele falsete de garganta aberta que fazia em 1968 foi o que me destacou, mas cansei dele. Aquela personalidade exagerada se modificou e virou outra coisa.”
O eterno frontman do Led Zeppelin citou que em um determinado show de anos atrás, na Islândia, o registro voltou inesperadamente.
“Era uma noite de verão em um festival. Virei-me para a banda e disse para tocarmos ‘Immigrant Song’. Eles nunca a haviam performado. Fomos em frente e, do nada, lá estava o agudo característico. Não imaginava que ainda era capaz.”
Plant ainda ressaltou que não faz aquecimento vocal antes dos shows. E citou Joe Elliott, do Def Leppard – sem citar o nome –, como exemplo de quem usa os exercícios de forma incorreta.
“Simplesmente vou lá e canto. Um dia vi o cara de uma banda de quem Alison Krauss é amiga. Ele estava fazendo uma gritaria nos bastidores. Perguntei o que era aquilo e ele respondeu que estava aquecendo. Disse que se continuasse não teria voz na hora de subir ao palco.”
Robert Plant, Alison Krauss e “Raise the Roof”
O lançamento mais recente de Robert Plant em parceria com Alison Krauss é o álbum “Raise the Roof”, disponibilizado ano passado.
O trabalho chegou ao 7º lugar na parada americana e 5º no Reino Unido, onde ganhou disco de prata – a premiação local equivalente ao disco de ouro em outros territórios. Também foi top 20 em outros 14 charts internacionais.
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