Embora muita coisa tenha sido tirada de contexto motivado pelo machismo e a necessidade de encontrar algum culpado pelo fim dos Beatles, o fato é que a reação de Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr à presença cada vez mais constante de Yoko Ono nos últimos momentos da banda não foi a melhor. Chegou ao ponto de dois dos integrantes terem se tornado uma constante pedra no sapato junto de suas companheiras.
A revelação foi feita pelo próprio John Lennon em entrevista de 1971 à Rolling Stone – resgatada pelo Showbiz CheatSheet. À época, o líder do grupo ainda estava magoado com seu maior parceiro de composições.
“Você pode procurar em jornais e provavelmente achará Paul dizendo que odiava Yoko e passou a gostar dela com o tempo. Mas agora é tarde demais, já escolhi meu lado. George a insultava cara a cara nos escritórios da Apple. Não sei porque não bati nele. Os dois e suas esposas pareciam um júri. Só Ringo e Maureen conseguiram lidar de forma madura com a situação. Nunca os perdoarei por isso.
Hoje George fica com essa porra de Hare Krishan e Deus pra todo lado, enquanto Paul diz que mudou, mas não vou esquecer o que fizeram. Mesmo assim, não vou deixar de amá-los para sempre.”
Paul McCartney, George Harrison e Yoko Ono
Em 2013, conversando com a mesma publicação, Paul McCartney reconheceu seus julgamentos equivocados em relação a Yoko Ono. Também admitiu que George Harrison colaborou para que a paz fosse estabelecida.
“George me encorajou a perdoar e esquecer. Não tinha motivo para alimentar mágoas. Ele dizia: ‘não fique guardando essas coisas para o resto da vida’. O tempo cura tudo. Além do mais, se John a amava, havia um motivo. Ele não era um idiota.”
Após a morte de Lennon, Yoko e os Beatles chegaram a ter desacordos por conta dos créditos na compilação “Anthology”. A situação perdurou por alguns anos, sendo resolvida posteriormente.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.