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Pesticida? A trágica morte de Jeff Porcaro, baterista do Toto

Lendário músico tinha um dos currículos mais invejados do rock, mas faleceu bastante jovem, aos 38 anos

Em 5 de agosto de 1992, o mundo perdia um grande baterista de forma inesperada. Jeff Porcaro, conhecido principalmente pelo trabalho no Toto, morreu após usar um pesticida no jardim de sua casa.

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Embora inicialmente uma reação alérgica ao produto químico tenha sido dada como a causa, ficou claro que a morte de Porcaro se deu por outro fator.

O gigante Jeff Porcaro

Jeff Porcaro era o mais velho e mais experiente de três irmãos – com Steve Porcaro (tecladista) e Mike Porcaro (baixista) – que fizeram parte do Toto em momentos distintos.

Além do trabalho com a banda, que integrou desde a fundação, em 1977, até sua morte, ele também foi um músico de estúdio muito requisitado. Tocou com nomes como Michael Jackson, Paul McCartney, Joe Cocker, Elton John, Steely Dan, Diana Ross, Aretha Franklin, Peter Frampton, Bee Gees e tantos outros. Gravou até mesmo com As Frenéticas, grupo brasileiro responsável pelo hit “Dancin’ Days”.

Pesticida?

Após usar um pesticida em uma área aberta em sua casa, localizada em Hidden Hills, Los Angeles, Estados Unidos, Jeff Porcaro se sentiu mal e foi levado ao hospital. Ele não resistiu e morreu, com apenas 38 anos de idade.

Inicialmente, médicos e assessores disseram à imprensa que ele sofreu uma reação alérgica causada pelo produto químico. Dessa forma, sofreu um ataque cardíaco.

O guitarrista Steve Lukather, companheiro de Porcaro no Toto, chegou a afirmar que o baterista vinha sofrendo de uma doença cardíaca nos últimos tempos. O colega também citou o hábito de fumar, o que certamente teria colaborado para sua morte.

No entanto, a razão real da morte do músico foi confirmada apenas pelo legista oficial de Los Angeles. Foi descoberto que ele sofria de aterosclerose, uma condição na qual as paredes da veia coronária endureceram. O problema de saúde se deu em função do uso de cocaína ao longo dos anos.

Exames de sangue acabaram não encontrando nenhum traço do produto químico usado como pesticida. Porém, vestígios de cocaína e outras substâncias relacionadas ao uso da droga foram detectados.

O enterro do músico ocorreu no dia 10 de agosto, mas em dezembro de 1992 foi feito um memorial que contou com a presença de seus familiares, integrantes do Toto e vários artistas que trabalharam com Jeff Porcaro. Entre os presentes estavam Eddie Van Halen, David Crosby, Don Henley e George Harrison, entre outros.

O Toto sem Jeff Porcaro

A situação no Toto já não era das mais confortáveis antes da perda do baterista – e acabou piorando bastante após isso. Desde 1990 o grupo já não contava mais com o vocalista Jean-Michel Byron, que havia causado problemas em sua passagem pela formação.

Dessa forma, Steve Lukather assumiu os vocais principais da banda. O último álbum com Jeff Porcaro, “Kingdom of Desire” (1992), foi lançado um mês depois da morte do músico.

Os integrantes pensaram seriamente em encerrar as atividades do grupo, mas foram convencidos a fazer a turnê do novo álbum pela família do próprio Jeff. Um baterista que ele gostava foi escolhido para a turnê: Simon Phillips, que depois dos shows trabalhou em “Candyman” (1993), álbum solo de Steve Lukather, além de aparecer em “Absolutely Live” (1993), ao vivo do Toto.

As atividades foram retomadas em definitivo em 1995, com Phillips efetivado na vaga de baterista. Foi quando o álbum “Tambu” também chegou às prateleiras.

Simon ficou até 2014, quando foi brevemente substituído por Keith Carlock. Hoje o Toto conta com músicos de turnê assumindo a bateria, cargo ocupado inicialmente por Shannon Forrest, entre 2014 e 2019, e hoje por Robert “Sput” Searight.

*Foto da matéria: Knieps Oliver / CC BY-SA 4.0

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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Lendário músico tinha um dos currículos mais invejados do rock, mas faleceu bastante jovem, aos 38 anos

Em 5 de agosto de 1992, o mundo perdia um grande baterista de forma inesperada. Jeff Porcaro, conhecido principalmente pelo trabalho no Toto, morreu após usar um pesticida no jardim de sua casa.

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Embora inicialmente uma reação alérgica ao produto químico tenha sido dada como a causa, ficou claro que a morte de Porcaro se deu por outro fator.

O gigante Jeff Porcaro

Jeff Porcaro era o mais velho e mais experiente de três irmãos – com Steve Porcaro (tecladista) e Mike Porcaro (baixista) – que fizeram parte do Toto em momentos distintos.

Além do trabalho com a banda, que integrou desde a fundação, em 1977, até sua morte, ele também foi um músico de estúdio muito requisitado. Tocou com nomes como Michael Jackson, Paul McCartney, Joe Cocker, Elton John, Steely Dan, Diana Ross, Aretha Franklin, Peter Frampton, Bee Gees e tantos outros. Gravou até mesmo com As Frenéticas, grupo brasileiro responsável pelo hit “Dancin’ Days”.

Pesticida?

Após usar um pesticida em uma área aberta em sua casa, localizada em Hidden Hills, Los Angeles, Estados Unidos, Jeff Porcaro se sentiu mal e foi levado ao hospital. Ele não resistiu e morreu, com apenas 38 anos de idade.

Inicialmente, médicos e assessores disseram à imprensa que ele sofreu uma reação alérgica causada pelo produto químico. Dessa forma, sofreu um ataque cardíaco.

O guitarrista Steve Lukather, companheiro de Porcaro no Toto, chegou a afirmar que o baterista vinha sofrendo de uma doença cardíaca nos últimos tempos. O colega também citou o hábito de fumar, o que certamente teria colaborado para sua morte.

No entanto, a razão real da morte do músico foi confirmada apenas pelo legista oficial de Los Angeles. Foi descoberto que ele sofria de aterosclerose, uma condição na qual as paredes da veia coronária endureceram. O problema de saúde se deu em função do uso de cocaína ao longo dos anos.

Exames de sangue acabaram não encontrando nenhum traço do produto químico usado como pesticida. Porém, vestígios de cocaína e outras substâncias relacionadas ao uso da droga foram detectados.

O enterro do músico ocorreu no dia 10 de agosto, mas em dezembro de 1992 foi feito um memorial que contou com a presença de seus familiares, integrantes do Toto e vários artistas que trabalharam com Jeff Porcaro. Entre os presentes estavam Eddie Van Halen, David Crosby, Don Henley e George Harrison, entre outros.

O Toto sem Jeff Porcaro

A situação no Toto já não era das mais confortáveis antes da perda do baterista – e acabou piorando bastante após isso. Desde 1990 o grupo já não contava mais com o vocalista Jean-Michel Byron, que havia causado problemas em sua passagem pela formação.

Dessa forma, Steve Lukather assumiu os vocais principais da banda. O último álbum com Jeff Porcaro, “Kingdom of Desire” (1992), foi lançado um mês depois da morte do músico.

Os integrantes pensaram seriamente em encerrar as atividades do grupo, mas foram convencidos a fazer a turnê do novo álbum pela família do próprio Jeff. Um baterista que ele gostava foi escolhido para a turnê: Simon Phillips, que depois dos shows trabalhou em “Candyman” (1993), álbum solo de Steve Lukather, além de aparecer em “Absolutely Live” (1993), ao vivo do Toto.

As atividades foram retomadas em definitivo em 1995, com Phillips efetivado na vaga de baterista. Foi quando o álbum “Tambu” também chegou às prateleiras.

Simon ficou até 2014, quando foi brevemente substituído por Keith Carlock. Hoje o Toto conta com músicos de turnê assumindo a bateria, cargo ocupado inicialmente por Shannon Forrest, entre 2014 e 2019, e hoje por Robert “Sput” Searight.

*Foto da matéria: Knieps Oliver / CC BY-SA 4.0

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André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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