Como o sucesso de “Hysteria” afetou o Def Leppard, segundo Phil Collen

“Normalmente, quando se alcança este nível de notoriedade, você tende a pensar demais no próximo trabalho”, reconheceu o guitarrista sobre sucesso estrondoso do álbum de 1987

O sucesso é transformador na vida das pessoas em vários aspectos – normalmente ao mesmo tempo nos mais variados aspectos da vida. O Def Leppard experimentou uma fama quase inimaginável nos anos 1980. Especialmente após o lançamento do álbum “Hysteria”, que se tornou um fenômeno de vendas digno de astros do pop.

Em entrevista ao programa Torg & Elliot, da rádio Q-FM 96 de Columbus, Ohio, o guitarrista Phil Collen refletiu sobre como o auge do sucesso afetou a banda. E deu uma resposta surpreendente quando revelou o que acha que o grupo devia ter feito na sequência.

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Conforme transcrito pelo Ultimate Guitar, ele disse:

“Acho que você só tem que continuar fazendo o que faz. Normalmente, quando se alcança este nível de notoriedade, você tende a pensar demais no próximo trabalho. Olhando para trás, deveríamos ter lançado um álbum como ‘Slang’ (1996) depois de ‘Hysteria’, ao invés de ‘Adrenalize’ (1992).”

Na visão dele, o intervalo de cinco anos entre “Hysteria” e o sucessor “Adrenalize” não era necessário.

“Também não precisávamos ter demorado tanto entre um e outro.”

Def Leppard e “Hysteria”

Quarto trabalho do Def Leppard, “Hysteria” foi o primeiro após o acidente automobilístico que custou o braço esquerdo do baterista Rick Allen. Vendeu mais de 25 milhões de cópias em todo o mundo, chegando ao número 1 nos Estados Unidos e Inglaterra. Foi o último disco a contar com o guitarrista Steve Clark, que faleceria em 1991.

Em 2017, o vocalista Joe Elliott relembrou em entrevista ao G1 a dificuldade de se trabalhar no disco, que começou a ser gravado em fevereiro de 1984.

“Não foi um disco fácil de se fazer, sabe? Obviamente, o nosso maior obstáculo foi o fato de Rick Allen ter perdido o braço dele quando ainda estávamos começando a gravar. Ele ficou fora por um tempo, mas voltou em 1985, e começamos a fazer o disco como se pode ouvir hoje.

Precisávamos de orientação. Estávamos meio que sem liderança, sabe? Não tínhamos um mentor, produtor, amigo nas sessões (de gravação). Realmente não conhecíamos muito bem as coisas no estúdio. Sabemos disso hoje, mas ainda estávamos aprendendo em 1984, 1985. Uma vez que Mutt (o produtor Robert John ‘Mutt’ Lange) pareceu, ele nos deu a direção de que precisávamos e a confiança de que precisávamos para fazer esse disco do jeito que ele se tornou.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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