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Como nasceu o Avantasia, o ambicioso projeto ópera metal de Tobias Sammet

Grandioso, mas ao mesmo tempo sem grandes ambições, vocalista do Edguy trouxe até Michael Kiske de volta ao metal com seu projeto

Em 1999, o Edguy já existia e tinha três álbuns de estúdio lançados, mas o frontman Tobias Sammet contava com planos mais ambiciosos, que se converteram no Avantasia.

Motivado pelo desejo de fazer algo mais grandioso, o músico recebeu sinal verde da gravadora AFM Records naquele mesmo ano e começou a compor aquele que seria o primeiro álbum de seu projeto paralelo.

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Curiosamente, a “ambição” nesse caso não tem a ver com a iniciativa de trabalhar em algo de sucesso. Como o próprio comentou em 2013, durante entrevista ao R7, a ideia era gravar e no máximo pagar as contas com o resultado.

“Eu não tinha a mínima ideia. Eu não sonhava com nada disso. Não sabia nem mesmo que um dia faria um show com o Avantasia. Eu só gravei, eram apenas dois simples álbuns de um simples garoto alemão. Eu só queria gravar os discos para mim e, com sorte, vender cópias suficientes para pagar pelo investimento no estúdio. Era só isso. Eu nunca pensei que algo como isso aconteceria…”

A intenção de Sammet era criar uma ópera metal e o resultado é bem próximo disso, embora não seja considerado uma ópera no sentido técnico do termo. O primeiro trabalho do grupo, “The Metal Opera”, foi lançado em duas partes em 2001 e 2002 e pode ser visto mais como um álbum conceitual, inclusive com diversos vocalistas convidados interpretando personagens de uma história.

A formação principal do Avantasia, por si só, já representava uma espécie de “dream team” do power metal na época. Integravam o grupo:

  • Tobias Sammet nos vocais e teclados;
  • Henjo Richter (Gamma Ray) nas guitarras;
  • Markus Grosskopf (Helloween) no baixo;
  • Alex Holzwarth (Rhapsody of Fire) na bateria.

Mas o Avantasia pretendia ir ainda mais longe. Entram, aí, as várias participações especiais do trabalho.

Os convidados de The Metal Opera

Uma ópera precisa de um bom time de atores. Com o Avantasia, não seria diferente: apesar das participações de músicos como Jens Ludwig (guitarrista do Edguy), Norman Meiritz e Frank Tischer, os cantores que interpretam os personagens da trama são grandes estrelas do projeto. São eles:

  • O próprio Tobias Sammet (Edguy) como o protagonista Gabriel Laymann – faixas 2, 3, 5, 6, 7, 9, 11, 12 e 13 do primeiro álbum e todas as faixas do segundo
  • Michael Kiske (Helloween, Unisonic; creditado apenas como Ernie) como Lugaid Vandroiy – faixas 2, 5, 6, 9 e 13 do primeiro álbum; faixas 1 e 2 do segundo
  • David DeFeis (Virgin Steele) como Friar Jakob – faixas 3 e 13 do primeiro álbum; faixas 1 e 5 do segundo
  • Ralf Zdiarstek como Bailiff Falk von Kronberg – faixas 4 e 7 do primeiro álbum; faixa 9 do segundo
  • Sharon den Adel (Within Temptation) como Anna Held – faixa 6 do primeiro álbum; faixa 10 do segundo
  • Rob Rock (ex-Axel Rudi Pell, Driver, Impellitteri) como Bishop Johann von Bicken – faixas 7 e 12 do primeiro álbum; faixas 1 e 6 do segundo
  • Oliver Hartmann (ex-At Vance) como Pope Clement VIII – faixas 7, 12 e 13 do primeiro álbum; faixa 1 do segundo
  • Andre Matos (ex-Symfonia, ex-Shaman, ex-Angra, Viper) como Elderane the Elf – faixas 11, 12 e 13 do primeiro álbum; faixas 1, 2 e 8 do segundo
  • Kai Hansen (Gamma Ray, ex-Helloween) como Regrin the Dwarf – faixas 11 e 12 do primeiro álbum; faixas 1 e 8 do segundo
  • Timo Tolkki (ex-Symfonia, ex-Revolution Renaissance, ex-Stratovarius) como Voice of the Tower – faixa 13 do primeiro álbum; faixa 1 do segundo
  • Bob Catley (Magnum) como Tree of Knowledge – faixas 3 e 4 do segundo álbum

Cada um desses interpreta um personagem no mundo de Avantasia – fusão das palavras “Avalon” e “Fantasia”. O nome mais cobiçado por Sammet e o mais difícil de ser trazido certamente foi o intérprete do druida Lugaid Vandroiy: Michael Kiske… ou melhor, Ernie.

O chamado para a aventura

Se Tobias Sammet estava prestes a fazer história no metal, Michael Kiske não queria nem ouvir falar no assunto. O vocalista saiu do Helloween no início da década de 1990 e trabalhava em uma carreira solo voltada ao pop rock. Em entrevistas, bradava aos quatro ventos que não queria ter nenhum tipo de conexão com o heavy metal.

O frontman do Edguy precisou enfrentar um longo processo para convencer Kiske a retornar ao gênero. Hoje os dois são grandes amigos, mas o ex-vocalista do Helloween era mais como um ídolo para o comandante do novo projeto. Era uma questão de honra tê-lo no trabalho.

Em entrevista à Metal Blast, o próprio Michael Kiske relembrou a insistência de Tobias Sammet e disse que foi vencido pelo cansaço. Porém, foi estabelecida uma condição bem específica: o cantor não queria ser creditado. É por isso que na lista de artistas que participam do trabalho, há um desconhecido Ernie por ali.

“Quando Tobi me ligou, eu estava em uma fase muito ‘anti-tudo’ e realmente não queria fazer nada como aquilo, mas gostei dele. Aceitei por causa de sua atitude: ele continuava me ligando e eu gostei disso. Hoje estou muito feliz por ter dito ‘sim’, porque realmente curti, mas naqueles dias, eu estava cheio de tudo, então eu disse: ‘ok, vamos fazer isso, mas me chame de Ernie’.”

É claro que a inconfundível voz de Michael Kiske foi percebida pelos fãs na primeira nota, então o tal “Ernie” nunca foi, de fato, um grande mistério. Mas o Avantasia conseguiu o que parecia impossível: trazer Kiske de volta ao heavy metal, como o próprio vocalista admitiria ao canal do crítico musical Regis Tadeu.

“Tudo começou com o Avantasia, no final dos anos 90, Tobi realmente me convencendo a gravar os vocais de músicas no estilo do Helloween, como ‘Reach Out for the Light’.”

Idas e vindas do Avantasia

Tobias Sammet, em meados de 1999

Com o time montado, o projeto Avantasia pôde ser colocado em prática, mas não sem muito trabalho. Tobias Sammet ainda tinha o Edguy, que seguia fazendo turnês e lançando discos. Anos depois, em um post nas redes sociais, ele relembrou esse cansativo período da produção de “The Metal Opera”.

“Me lembro dos anos entre 1997 e 2003. Passava mais tempo com Norman Meiritz no Rhön Records Studio do que com qualquer pessoa em minha vida naquela época. Estava lá constantemente. O tempo todo. Aos domingos, por 16 horas, sem problemas (exceto pela esposa dele, talvez…). Era Edguy-Avantasia-Edguy-Avantasia-participações especiais. Trabalhávamos constantemente em alguma coisa.”

O esforço deu certo. Em 2001, foi lançada a parte 1 de “The Metal Opera”, com a parte 2 chegando no ano seguinte. O sucesso dentro do segmento foi praticamente imediato – além das grandiosas participações, o material em si era de ótima qualidade e trouxe ao mundo boas músicas como “Farewell”, “Avantasia”, “Inside”, “Sign of the Cross”, “The Seven Angels”, “Neverland”, “The Final Sacrifice” e por aí vai.

Como era complicado em termos logísticos, o Avantasia não foi levado para a estrada. Ainda em 2002, o projeto foi colocado em hiato por Tobias Sammet, que, ao longo daquela década, ainda se dedicaria bastante ao Edguy.

Felizmente, a volta não demorou: em 2006, o cantor retomou os trabalhos e seguiu lançando álbuns sempre com diversas participações especiais, mas agora também com turnês grandiosas.

Ao todo, a banda acumula oito discos de estúdio, incluindo os dois “The Metal Opera”. Os sucessores não soam tão parecidos com os trabalhos de estreia, o que Tobias vê como mérito, conforme contou ao R7.

“Sei que muitas pessoas glorificam os dois primeiros álbuns do Avantasia e eu entendo isso. Porque eles foram lançados em uma época na qual esse estilo era completamente novo. E, claro, quando eu escuto músicas, como ‘Reach Out for the Light’, é uma ótima música e tem várias memórias boas ligadas a ela. Foi a primeira vez que o Avantasia foi definido. Nada pode competir com esse feeling. É por isso que todos disseram que o ‘Scarecrow’ (2008) era um ‘ótimo álbum, mas não era Avantasia’. E eu imediatamente disse que não era ‘Metal Opera’, porque nós já havíamos feito. É um Avantasia 2.0, uma nova edição do projeto. É uma nova versão de algo que você conhece, agora as pessoas estão lentamente entendendo isso.”

Para quem não esperava muita coisa com o Avantasia, Tobias Sammet parece ter se acostumado co o sucesso do projeto, já que o Edguy, sua banda principal até então, entrou em hiato no ano de 2020, tendo realizado seu último show em 2017. Claro, o cantor sempre desempenha bons trabalhos independente da banda, mas não há como negar que a “ópera metal” tem um lugar especial no coração dos fãs.

* Texto por André Luiz Fernandes e Igor Miranda, com pauta e edição de Igor Miranda.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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Grandioso, mas ao mesmo tempo sem grandes ambições, vocalista do Edguy trouxe até Michael Kiske de volta ao metal com seu projeto

Em 1999, o Edguy já existia e tinha três álbuns de estúdio lançados, mas o frontman Tobias Sammet contava com planos mais ambiciosos, que se converteram no Avantasia.

Motivado pelo desejo de fazer algo mais grandioso, o músico recebeu sinal verde da gravadora AFM Records naquele mesmo ano e começou a compor aquele que seria o primeiro álbum de seu projeto paralelo.

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Curiosamente, a “ambição” nesse caso não tem a ver com a iniciativa de trabalhar em algo de sucesso. Como o próprio comentou em 2013, durante entrevista ao R7, a ideia era gravar e no máximo pagar as contas com o resultado.

“Eu não tinha a mínima ideia. Eu não sonhava com nada disso. Não sabia nem mesmo que um dia faria um show com o Avantasia. Eu só gravei, eram apenas dois simples álbuns de um simples garoto alemão. Eu só queria gravar os discos para mim e, com sorte, vender cópias suficientes para pagar pelo investimento no estúdio. Era só isso. Eu nunca pensei que algo como isso aconteceria…”

A intenção de Sammet era criar uma ópera metal e o resultado é bem próximo disso, embora não seja considerado uma ópera no sentido técnico do termo. O primeiro trabalho do grupo, “The Metal Opera”, foi lançado em duas partes em 2001 e 2002 e pode ser visto mais como um álbum conceitual, inclusive com diversos vocalistas convidados interpretando personagens de uma história.

A formação principal do Avantasia, por si só, já representava uma espécie de “dream team” do power metal na época. Integravam o grupo:

  • Tobias Sammet nos vocais e teclados;
  • Henjo Richter (Gamma Ray) nas guitarras;
  • Markus Grosskopf (Helloween) no baixo;
  • Alex Holzwarth (Rhapsody of Fire) na bateria.

Mas o Avantasia pretendia ir ainda mais longe. Entram, aí, as várias participações especiais do trabalho.

Os convidados de The Metal Opera

Uma ópera precisa de um bom time de atores. Com o Avantasia, não seria diferente: apesar das participações de músicos como Jens Ludwig (guitarrista do Edguy), Norman Meiritz e Frank Tischer, os cantores que interpretam os personagens da trama são grandes estrelas do projeto. São eles:

  • O próprio Tobias Sammet (Edguy) como o protagonista Gabriel Laymann – faixas 2, 3, 5, 6, 7, 9, 11, 12 e 13 do primeiro álbum e todas as faixas do segundo
  • Michael Kiske (Helloween, Unisonic; creditado apenas como Ernie) como Lugaid Vandroiy – faixas 2, 5, 6, 9 e 13 do primeiro álbum; faixas 1 e 2 do segundo
  • David DeFeis (Virgin Steele) como Friar Jakob – faixas 3 e 13 do primeiro álbum; faixas 1 e 5 do segundo
  • Ralf Zdiarstek como Bailiff Falk von Kronberg – faixas 4 e 7 do primeiro álbum; faixa 9 do segundo
  • Sharon den Adel (Within Temptation) como Anna Held – faixa 6 do primeiro álbum; faixa 10 do segundo
  • Rob Rock (ex-Axel Rudi Pell, Driver, Impellitteri) como Bishop Johann von Bicken – faixas 7 e 12 do primeiro álbum; faixas 1 e 6 do segundo
  • Oliver Hartmann (ex-At Vance) como Pope Clement VIII – faixas 7, 12 e 13 do primeiro álbum; faixa 1 do segundo
  • Andre Matos (ex-Symfonia, ex-Shaman, ex-Angra, Viper) como Elderane the Elf – faixas 11, 12 e 13 do primeiro álbum; faixas 1, 2 e 8 do segundo
  • Kai Hansen (Gamma Ray, ex-Helloween) como Regrin the Dwarf – faixas 11 e 12 do primeiro álbum; faixas 1 e 8 do segundo
  • Timo Tolkki (ex-Symfonia, ex-Revolution Renaissance, ex-Stratovarius) como Voice of the Tower – faixa 13 do primeiro álbum; faixa 1 do segundo
  • Bob Catley (Magnum) como Tree of Knowledge – faixas 3 e 4 do segundo álbum

Cada um desses interpreta um personagem no mundo de Avantasia – fusão das palavras “Avalon” e “Fantasia”. O nome mais cobiçado por Sammet e o mais difícil de ser trazido certamente foi o intérprete do druida Lugaid Vandroiy: Michael Kiske… ou melhor, Ernie.

O chamado para a aventura

Se Tobias Sammet estava prestes a fazer história no metal, Michael Kiske não queria nem ouvir falar no assunto. O vocalista saiu do Helloween no início da década de 1990 e trabalhava em uma carreira solo voltada ao pop rock. Em entrevistas, bradava aos quatro ventos que não queria ter nenhum tipo de conexão com o heavy metal.

O frontman do Edguy precisou enfrentar um longo processo para convencer Kiske a retornar ao gênero. Hoje os dois são grandes amigos, mas o ex-vocalista do Helloween era mais como um ídolo para o comandante do novo projeto. Era uma questão de honra tê-lo no trabalho.

Em entrevista à Metal Blast, o próprio Michael Kiske relembrou a insistência de Tobias Sammet e disse que foi vencido pelo cansaço. Porém, foi estabelecida uma condição bem específica: o cantor não queria ser creditado. É por isso que na lista de artistas que participam do trabalho, há um desconhecido Ernie por ali.

“Quando Tobi me ligou, eu estava em uma fase muito ‘anti-tudo’ e realmente não queria fazer nada como aquilo, mas gostei dele. Aceitei por causa de sua atitude: ele continuava me ligando e eu gostei disso. Hoje estou muito feliz por ter dito ‘sim’, porque realmente curti, mas naqueles dias, eu estava cheio de tudo, então eu disse: ‘ok, vamos fazer isso, mas me chame de Ernie’.”

É claro que a inconfundível voz de Michael Kiske foi percebida pelos fãs na primeira nota, então o tal “Ernie” nunca foi, de fato, um grande mistério. Mas o Avantasia conseguiu o que parecia impossível: trazer Kiske de volta ao heavy metal, como o próprio vocalista admitiria ao canal do crítico musical Regis Tadeu.

“Tudo começou com o Avantasia, no final dos anos 90, Tobi realmente me convencendo a gravar os vocais de músicas no estilo do Helloween, como ‘Reach Out for the Light’.”

Idas e vindas do Avantasia

Tobias Sammet, em meados de 1999

Com o time montado, o projeto Avantasia pôde ser colocado em prática, mas não sem muito trabalho. Tobias Sammet ainda tinha o Edguy, que seguia fazendo turnês e lançando discos. Anos depois, em um post nas redes sociais, ele relembrou esse cansativo período da produção de “The Metal Opera”.

“Me lembro dos anos entre 1997 e 2003. Passava mais tempo com Norman Meiritz no Rhön Records Studio do que com qualquer pessoa em minha vida naquela época. Estava lá constantemente. O tempo todo. Aos domingos, por 16 horas, sem problemas (exceto pela esposa dele, talvez…). Era Edguy-Avantasia-Edguy-Avantasia-participações especiais. Trabalhávamos constantemente em alguma coisa.”

O esforço deu certo. Em 2001, foi lançada a parte 1 de “The Metal Opera”, com a parte 2 chegando no ano seguinte. O sucesso dentro do segmento foi praticamente imediato – além das grandiosas participações, o material em si era de ótima qualidade e trouxe ao mundo boas músicas como “Farewell”, “Avantasia”, “Inside”, “Sign of the Cross”, “The Seven Angels”, “Neverland”, “The Final Sacrifice” e por aí vai.

Como era complicado em termos logísticos, o Avantasia não foi levado para a estrada. Ainda em 2002, o projeto foi colocado em hiato por Tobias Sammet, que, ao longo daquela década, ainda se dedicaria bastante ao Edguy.

Felizmente, a volta não demorou: em 2006, o cantor retomou os trabalhos e seguiu lançando álbuns sempre com diversas participações especiais, mas agora também com turnês grandiosas.

Ao todo, a banda acumula oito discos de estúdio, incluindo os dois “The Metal Opera”. Os sucessores não soam tão parecidos com os trabalhos de estreia, o que Tobias vê como mérito, conforme contou ao R7.

“Sei que muitas pessoas glorificam os dois primeiros álbuns do Avantasia e eu entendo isso. Porque eles foram lançados em uma época na qual esse estilo era completamente novo. E, claro, quando eu escuto músicas, como ‘Reach Out for the Light’, é uma ótima música e tem várias memórias boas ligadas a ela. Foi a primeira vez que o Avantasia foi definido. Nada pode competir com esse feeling. É por isso que todos disseram que o ‘Scarecrow’ (2008) era um ‘ótimo álbum, mas não era Avantasia’. E eu imediatamente disse que não era ‘Metal Opera’, porque nós já havíamos feito. É um Avantasia 2.0, uma nova edição do projeto. É uma nova versão de algo que você conhece, agora as pessoas estão lentamente entendendo isso.”

Para quem não esperava muita coisa com o Avantasia, Tobias Sammet parece ter se acostumado co o sucesso do projeto, já que o Edguy, sua banda principal até então, entrou em hiato no ano de 2020, tendo realizado seu último show em 2017. Claro, o cantor sempre desempenha bons trabalhos independente da banda, mas não há como negar que a “ópera metal” tem um lugar especial no coração dos fãs.

* Texto por André Luiz Fernandes e Igor Miranda, com pauta e edição de Igor Miranda.

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InícioCuriosidadesComo nasceu o Avantasia, o ambicioso projeto ópera metal de Tobias Sammet
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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