O Evanescence conquistou enorme destaque com seu álbum de estreia, “Fallen”, lançado em 4 de março de 2003. O carro-chefe do disco era a música “Bring Me to Life”, disponibilizada como single com um videoclipe que tocou exaustivamente na MTV.
Embora tenha sido concebido como um projeto mais orientado ao metal alternativo/gótico, o Evanescence precisou aceitar a inclusão de partes de rap, feitas por Paul McCoy, em “Bring Me to Life”. Isso acabou fazendo com que a banda fosse vista como pertencente ao movimento nu metal, tão em alta naqueles tempos.
Em 2017, a vocalista e líder do Evanescence, Amy Lee, teve a oportunidade de regravar “Bring Me to Life” sem as passagens de rap para o álbum “Synthesis”. Era, enfim, como ela havia concebido a canção originalmente, apesar do instrumental diferenciado, com orquestra e batidas eletrônicas.
Na época, em entrevista ao site News.co.au, a cantora destacou que ter um rap justo na primeira música de trabalho de sua banda foi um pouco frustrante, mas que a situação não a irritava mais.
“Na época, foi um grande problema, era o nosso primeiro single. Queria que as pessoas entendessem quem éramos. É uma luta que você sempre trava quando se é um artista. Se só tivéssemos um hit, se ninguém tivesse ouvido falar sobre nós de novo, então ninguém teria entendido quem somos. Fizemos com que isso passasse, então o rap não me irrita mais. No entanto, estou muito feliz em lançar uma nova versão sem o rap.”
Amy Lee, aliás, sente gratidão pelo rap enquanto estilo, já que a inserção ajudou a trazer destaque para a música.
“Deus abençoe o rap, faz parte do que nos colocou nas rádios, eu acho. Ou, pelo menos, de acordo com as regras das rádios, que não concordo, nem entendo. Poder voltar para a visão original da música (na regravação presente no álbum ‘Synthesis’) é ótimo.”
Evanescence e a rejeição inicial a Bring Me to Life
Curiosamente, mesmo com o rap, muitas rádios rejeitaram “Bring Me to Life”. O presidente do selo Wind-Up, Ed Vetri, revelou que os donos das estações diziam: “não tocamos garotas e pianos nas rádios rock”.
A música conseguiu destaque em definitivo após entrar na trilha sonora do filme “Demolidor”, lançado naquela época. As estações passaram a receber muitos pedidos pela canção e precisaram se render.
Imagine quando precisaram rodar “My Immortal”, outro hit do Evanescence, meses depois…