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Taylor Swift lançou ‘Folklore’, um álbum folk, e essa é a surpresa

Taylor Swift tirou a semana para surpreender. Na última quinta-feira (23), anunciou que iria lançar um álbum, o oitavo de sua carreira, no dia seguinte. O trabalho, intitulado ‘folklore’, está disponível nas plataformas de streaming e chama atenção por apostar em uma sonoridade folk, ainda que com o tempero pop típico da artista e referências ao indie – ou melhor, indie folk.

Ouça ‘folklore’ a seguir, via Spotify ou YouTube (playlist), ou clique aqui para acessá-lo em outras plataformas.

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A guinada ao indie folk não é o único detalhe peculiar de ‘folklore’: Taylor Swift lançou um álbum, ‘Lover’, apenas um ano antes deste. Não deu nem para concluir o ciclo de divulgação, já que sua turnê mundial teve de ser parada, em meio à pandemia do novo coronavírus.

Em texto nas redes, a própria cantora explica que ‘folklore’ não foi planejado. “A maioria das coisas que eu tinha planejado para este verão acabaram não acontecendo, mas há uma coisa que eu não havia planejado e que aconteceu. E essa coisa é o meu 8º álbum de estúdio, ‘folklore’. Surpresa!”, afirmou a cantora, destacando que as músicas foram compostas e gravadas durante a pandemia.

Ela completa: “Antes deste ano, eu provavelmente ficaria super preocupada em lançar a música no tempo ‘perfeito’, mas os tempos em que estamos vivendo continuam me lembrando de que nada é garantido. Meu instinto está me dizendo que se você faz algo que ama, você deve apenas jogá-lo ao mundo. Esse é o lado da incerteza com o qual eu consigo embarcar”, concluiu.

É inegável que o momento atual influenciou as composições – ao menos em melodia, já que as letras parecem ainda trazer as narrativas pessoais de uma pós-adolescente, com direito a rimas fáceis e temas batidos. As canções, por outro lado, estão mais arranjadas e com nuances mais profundas do que nos tempos de country pop, dos primeiros trabalhos, ou do pop radiofônico de ‘1989’.

Nota-se a intenção em preservar a essência como cada música foi composta. Dá para dizer, claramente, quais foram criadas no piano e quais foram concebidas no violão, seja por qual instrumento está na linha de frente ou pela forma que os principais arranjos, inclusive vocais, foi construído. Mesmo em uma instrumentação mais minimalista, todos os espaços estão preenchidos. Não se trata de um disco meramente acústico ou “calminho”. A direção é clara – e convence.

Além da própria inspiração de Taylor, a escolha dos músicos envolvidos também explica essa mudança de concepção artística. Aaron Dessner, da banda indie The National, co-escreveu 11 músicas do álbum e gravou vários instrumentos, como piano, violão, guitarra, baixo e percussão. Jack Antonoff, que trabalha com Taylor há alguns anos e foi baterista do também grupo indie Fun, assumiu a produção e também colaborou com o instrumental.

Tudo isso fez com que a cantora apresentasse, curiosamente, um bom disco. O trânsito livre entre folk americano, indie pop e até o heartland rock de nomes como Bruce Springsteen dá um charme peculiar ao material. Há destaques como a rudimentar ‘the 1’, a melancólica ‘exile’ (com participação do também indie Bon Iver), a noventista ‘mirrorball’, a lo-fi ‘this is me trying’ e Sprinsgteeniana ‘betty’, mas o álbum, como um todo, é coeso e desperta interesse.

É curioso perceber a movimentação de artistas pop contemporâneos para lançar álbuns que não sejam apenas pop radiofônico. Lady Gaga, Katy Perry e Rihanna são alguns exemplos entre os mais “inquietos”, além de Harry Styles, que segue uma carreira solo bem diferente de seu grupo de origem, o One Direction.

Taylor Swift entra para esse time com boas credenciais. Curiosamente, ela nem precisaria disso, já que foi a artista que mais vendeu discos nos Estados Unidos na década passada. Mas evolução é sempre bem-vinda.

Taylor Swift – ‘folklore’

the 1
cardigan
the last great american dynasty
exile (featuring Bon Iver)
my tears ricochet
mirrorball
seven
august
this is me trying
illicit affairs
invisible string
mad woman
epiphany
betty
peace
hoax
the lakes (bonus track)

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InícioResenhasTaylor Swift lançou 'Folklore', um álbum folk, e essa é a surpresa
Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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Taylor Swift tirou a semana para surpreender. Na última quinta-feira (23), anunciou que iria lançar um álbum, o oitavo de sua carreira, no dia seguinte. O trabalho, intitulado ‘folklore’, está disponível nas plataformas de streaming e chama atenção por apostar em uma sonoridade folk, ainda que com o tempero pop típico da artista e referências ao indie – ou melhor, indie folk.

Ouça ‘folklore’ a seguir, via Spotify ou YouTube (playlist), ou clique aqui para acessá-lo em outras plataformas.

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A guinada ao indie folk não é o único detalhe peculiar de ‘folklore’: Taylor Swift lançou um álbum, ‘Lover’, apenas um ano antes deste. Não deu nem para concluir o ciclo de divulgação, já que sua turnê mundial teve de ser parada, em meio à pandemia do novo coronavírus.

Em texto nas redes, a própria cantora explica que ‘folklore’ não foi planejado. “A maioria das coisas que eu tinha planejado para este verão acabaram não acontecendo, mas há uma coisa que eu não havia planejado e que aconteceu. E essa coisa é o meu 8º álbum de estúdio, ‘folklore’. Surpresa!”, afirmou a cantora, destacando que as músicas foram compostas e gravadas durante a pandemia.

Ela completa: “Antes deste ano, eu provavelmente ficaria super preocupada em lançar a música no tempo ‘perfeito’, mas os tempos em que estamos vivendo continuam me lembrando de que nada é garantido. Meu instinto está me dizendo que se você faz algo que ama, você deve apenas jogá-lo ao mundo. Esse é o lado da incerteza com o qual eu consigo embarcar”, concluiu.

É inegável que o momento atual influenciou as composições – ao menos em melodia, já que as letras parecem ainda trazer as narrativas pessoais de uma pós-adolescente, com direito a rimas fáceis e temas batidos. As canções, por outro lado, estão mais arranjadas e com nuances mais profundas do que nos tempos de country pop, dos primeiros trabalhos, ou do pop radiofônico de ‘1989’.

Nota-se a intenção em preservar a essência como cada música foi composta. Dá para dizer, claramente, quais foram criadas no piano e quais foram concebidas no violão, seja por qual instrumento está na linha de frente ou pela forma que os principais arranjos, inclusive vocais, foi construído. Mesmo em uma instrumentação mais minimalista, todos os espaços estão preenchidos. Não se trata de um disco meramente acústico ou “calminho”. A direção é clara – e convence.

Além da própria inspiração de Taylor, a escolha dos músicos envolvidos também explica essa mudança de concepção artística. Aaron Dessner, da banda indie The National, co-escreveu 11 músicas do álbum e gravou vários instrumentos, como piano, violão, guitarra, baixo e percussão. Jack Antonoff, que trabalha com Taylor há alguns anos e foi baterista do também grupo indie Fun, assumiu a produção e também colaborou com o instrumental.

Tudo isso fez com que a cantora apresentasse, curiosamente, um bom disco. O trânsito livre entre folk americano, indie pop e até o heartland rock de nomes como Bruce Springsteen dá um charme peculiar ao material. Há destaques como a rudimentar ‘the 1’, a melancólica ‘exile’ (com participação do também indie Bon Iver), a noventista ‘mirrorball’, a lo-fi ‘this is me trying’ e Sprinsgteeniana ‘betty’, mas o álbum, como um todo, é coeso e desperta interesse.

É curioso perceber a movimentação de artistas pop contemporâneos para lançar álbuns que não sejam apenas pop radiofônico. Lady Gaga, Katy Perry e Rihanna são alguns exemplos entre os mais “inquietos”, além de Harry Styles, que segue uma carreira solo bem diferente de seu grupo de origem, o One Direction.

Taylor Swift entra para esse time com boas credenciais. Curiosamente, ela nem precisaria disso, já que foi a artista que mais vendeu discos nos Estados Unidos na década passada. Mas evolução é sempre bem-vinda.

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the last great american dynasty
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Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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