O Journey demitiu o baterista Steve Smith e o baixista Ross Valory, que, entre idas e vindas, estão na formação desde a década de 1970. A informação foi confirmada, em comunicado à imprensa, por uma advogada que representa o guitarrista Neal Schon e o tecladista Jonathan Cain.
Schon e Cain estão acusando Smith e Valory de tentarem aplicar um golpe corporativo para obter controle de uma das empresas do Journey, Nightmare Productions. Os músicos demitidos estão sendo acionados judicialmente, com pedido de indenização superior a US$ 10 milhões.
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O processo aponta que Neal Schon e Jonathan Cain são, desde 1998, os únicos responsáveis por controlar o Journey enquanto marca, incluindo o nome da banda. Dessa forma, são os únicos músicos autorizados a usar o nome do grupo, mesmo sem outros integrantes originais ou clássicos.
A ação aponta que Steve Smith e Ross Valory tentaram aplicar um golpe para controlar a Nightmare Productions porque acreditavam, erroneamente, que a empresa controlava o nome e a marca Journey. “Eles achavam que poderiam manter como refém o nome Journey e garantir renda após pararem de fazer shows”, afirma o texto do processo.
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Em dezembro de 2019, segundo a acusação, os dois músicos conspiraram para que Neal Schon e Jonathan Cain fossem destituídos do controle da Nightmare Productions. “Com isso, Smith e Valory destruíram a química, coesão e relacionamento necessários para a banda tocar junta”, diz.
Até o momento, Steve Smith e Ross Valory não se manifestaram. O baterista entrou para o Journey em 1978, ficando até 1985. Ele voltou em 1995, saiu novamente em 1998 e retomou seu posto em 2015. O baixista, por sua vez, faz parte do grupo desde o seu início, em 1973, também deixando a formação em 1985. Ele retornou em 1995 e seguiu desde então.
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