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Por que Paul Di’Anno foi demitido do Iron Maiden

O vocalista Paul Di'Anno protagonizou uma das demissões mais lembradas da história do rock. O cantor foi dispensado do Iron Maiden em 1981 e acabou dando lugar a Bruce Dickinson, que transformou a banda e acabou se mostrando o ingrediente que faltava para que o grupo realmente despontasse para o sucesso.

O vocalista Paul Di’Anno protagonizou uma das demissões mais lembradas da história do rock. O cantor foi dispensado do Iron Maiden em 1981 e acabou dando lugar a Bruce Dickinson, que transformou a banda e acabou se mostrando o ingrediente que faltava para que o grupo realmente despontasse para o sucesso.

Foram gravados dois álbuns com Paul Di’Anno: o autointitulado de 1980 e “Killers”, de 1981. São trabalhos de sonoridade mais visceral, com ligeira influência do punk, mas com a pegada heavy metal melódica que consagraria o Iron Maiden futuramente.

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Em entrevistas, Di’Anno tem falado de forma mais aberta sobre a demissão do Iron Maiden. Ao Eon Music, ele declarou, por exemplo, que saiu não só por conta do vício em drogas, como, também, pelos problemas com o baixista e líder Steve Harris.

“Gostei muito do segundo álbum (‘Killers’), mas não me impactou tanto quanto o primeiro. Não pude dar 100% de mim, o que não era justo com a banda, os fãs ou comigo. E, sim, eu estava tentando achar outras formas de fazer aquilo ser empolgante na estrada e, sim, tive problemas com cocaína.”

O cantor destacou que sua situação com drogas “não foi tão ruim como muitas pessoas dizem”.

“Mas no fim das contas, quando se tem uma máquina como o Iron Maiden, se uma parte da engrenagem dá errado, tudo acaba caindo por terra. E eu não estava preparado para o Maiden passar por aquilo, nem estava preparando para eu mesmo passar por aquilo. Citei que não estava feliz, conversamos e foi isso. Rompemos de forma amigável.”

Paul Di’Anno destacou que chegou a ir ao primeiro show do Iron Maiden com Bruce Dickinson no vocal.

“Levei a minha mãe comigo. Tivemos que ir embora antes da hora, porque as pessoas ficavam gritando por mim. Então, fomos embora.”

Paul Di’Anno não culpa o Iron Maiden

Em entrevista à revista Metal Hammer, Di’Anno se recordou de sua demissão. O cantor disse que não culpa os demais integrantes do Iron Maiden pela dispensa, mas que gostaria de ter oferecido mais à banda.

“Não os culpo por se livrarem de mim. Obviamente, a banda era o bebê de Steve. Porém, gostaria de ter contribuído mais. Após algum tempo, isso me deixou triste. No fim, não pude mais oferecer 100% ao Maiden e isso não era justo para os fãs, para a banda ou para mim mesmo.”

Apesar disso, Paul Di’Anno destacou sua visão positiva a respeito de seu trabalho com o Iron Maiden.

“Os dois álbuns que fiz com a banda foram fundamentais para o estilo. Mais tarde, quando conheci Metallica, Pantera e Sepultura e eles falaram que esses discos os colocaram na música, fiquei incrivelmente orgulhoso.”

‘Não era só uma cheiradinha’

No livro ‘Run To The Hills’, biografia autorizada do Iron Maiden escrita por Mick Wall, Paul Di’Anno admitiu que o vício em drogas saiu do controle.

“Não era só uma cheiradinha em cocaína. Eu estava fazendo isso sem parar, 24 horas por dia, todos os dias. A banda tinha compromissos acumulados que duravam meses, até anos, e eu não conseguia enxergar o caminho até o fim. Eu sabia que não duraria até o fim da turnê.”

A demissão de Di’Anno, no fim das contas, foi realizada justo no fim da turnê que promoveu “Killers” – ou seja, ele concluiu os compromissos. Na época da dispensa, a banda já havia pensado em seu substituto: Bruce Dickinson, que havia ganhado notoriedade com seu trabalho com o Samson.

As audições com Dickinson foram realizadas em setembro, logo quando a turnê do álbum “Killers” foi concluída. O cantor foi imediatamente contratado e alguns shows foram marcados – cinco na Itália e dois na Inglaterra – como uma espécie de teste. Deu certo.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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O vocalista Paul Di'Anno protagonizou uma das demissões mais lembradas da história do rock. O cantor foi dispensado do Iron Maiden em 1981 e acabou dando lugar a Bruce Dickinson, que transformou a banda e acabou se mostrando o ingrediente que faltava para que o grupo realmente despontasse para o sucesso.

O vocalista Paul Di’Anno protagonizou uma das demissões mais lembradas da história do rock. O cantor foi dispensado do Iron Maiden em 1981 e acabou dando lugar a Bruce Dickinson, que transformou a banda e acabou se mostrando o ingrediente que faltava para que o grupo realmente despontasse para o sucesso.

Foram gravados dois álbuns com Paul Di’Anno: o autointitulado de 1980 e “Killers”, de 1981. São trabalhos de sonoridade mais visceral, com ligeira influência do punk, mas com a pegada heavy metal melódica que consagraria o Iron Maiden futuramente.

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Em entrevistas, Di’Anno tem falado de forma mais aberta sobre a demissão do Iron Maiden. Ao Eon Music, ele declarou, por exemplo, que saiu não só por conta do vício em drogas, como, também, pelos problemas com o baixista e líder Steve Harris.

“Gostei muito do segundo álbum (‘Killers’), mas não me impactou tanto quanto o primeiro. Não pude dar 100% de mim, o que não era justo com a banda, os fãs ou comigo. E, sim, eu estava tentando achar outras formas de fazer aquilo ser empolgante na estrada e, sim, tive problemas com cocaína.”

O cantor destacou que sua situação com drogas “não foi tão ruim como muitas pessoas dizem”.

“Mas no fim das contas, quando se tem uma máquina como o Iron Maiden, se uma parte da engrenagem dá errado, tudo acaba caindo por terra. E eu não estava preparado para o Maiden passar por aquilo, nem estava preparando para eu mesmo passar por aquilo. Citei que não estava feliz, conversamos e foi isso. Rompemos de forma amigável.”

Paul Di’Anno destacou que chegou a ir ao primeiro show do Iron Maiden com Bruce Dickinson no vocal.

“Levei a minha mãe comigo. Tivemos que ir embora antes da hora, porque as pessoas ficavam gritando por mim. Então, fomos embora.”

Paul Di’Anno não culpa o Iron Maiden

Em entrevista à revista Metal Hammer, Di’Anno se recordou de sua demissão. O cantor disse que não culpa os demais integrantes do Iron Maiden pela dispensa, mas que gostaria de ter oferecido mais à banda.

“Não os culpo por se livrarem de mim. Obviamente, a banda era o bebê de Steve. Porém, gostaria de ter contribuído mais. Após algum tempo, isso me deixou triste. No fim, não pude mais oferecer 100% ao Maiden e isso não era justo para os fãs, para a banda ou para mim mesmo.”

Apesar disso, Paul Di’Anno destacou sua visão positiva a respeito de seu trabalho com o Iron Maiden.

“Os dois álbuns que fiz com a banda foram fundamentais para o estilo. Mais tarde, quando conheci Metallica, Pantera e Sepultura e eles falaram que esses discos os colocaram na música, fiquei incrivelmente orgulhoso.”

‘Não era só uma cheiradinha’

No livro ‘Run To The Hills’, biografia autorizada do Iron Maiden escrita por Mick Wall, Paul Di’Anno admitiu que o vício em drogas saiu do controle.

“Não era só uma cheiradinha em cocaína. Eu estava fazendo isso sem parar, 24 horas por dia, todos os dias. A banda tinha compromissos acumulados que duravam meses, até anos, e eu não conseguia enxergar o caminho até o fim. Eu sabia que não duraria até o fim da turnê.”

A demissão de Di’Anno, no fim das contas, foi realizada justo no fim da turnê que promoveu “Killers” – ou seja, ele concluiu os compromissos. Na época da dispensa, a banda já havia pensado em seu substituto: Bruce Dickinson, que havia ganhado notoriedade com seu trabalho com o Samson.

As audições com Dickinson foram realizadas em setembro, logo quando a turnê do álbum “Killers” foi concluída. O cantor foi imediatamente contratado e alguns shows foram marcados – cinco na Itália e dois na Inglaterra – como uma espécie de teste. Deu certo.

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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