Iron Savior junta o melhor do power e do heavy tradicional em Kill Or Get Killed

Resenha: Iron Savior – “Kill Or Get Killed” (2019)

O Iron Savior – ou melhor, o vocalista e guitarrista Piet Sielck – tem história para contar. No início da década de 1980, ainda nos tempos de escola, ele formou uma banda chamada Gentry ao lado de três músicos que formariam o Helloween: o guitarrista Kai Hansen, o baixista Markus Grosskopf e o baterista Ingo Schwichtenberg. O grupo mudou o nome para Second Hell e chegou a compor algumas músicas antes de se dissolver.

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O Helloween foi formado em seguida, já sem Piet Sielck, que preferiu se dedicar à carreira de engenheiro de som. Algumas músicas feitas naquela época, como “Gorgar”, “Phantoms of Death”, “Murder” e “Victim of Fate” chegaram a ser aproveitadas pela icônica banda de power metal.

Uma década depois, em 1996, Piet Sielck decidiu retomar sua carreira como vocalista e formou o Iron Savior, ao lado, justamente, de Kai Hansen. O baterista Thomen Stauch, do Blind Guardian, completou a formação responsável pelo primeiro álbum, autointitulado e lançado em 1997. Desde então, o grupo seguiu – sem Hansen, que saiu em 2001, e Stauch, que só participou até 1998 – e construiu uma discografia de respeito dentro do estilo.

Com méritos, o Iron Savior chegou neste ano ao 10° álbum de inéditas de sua carreira, “Kill Or Get Killed”, que chega em CD nacional pela Valhall Music. Embora seja definido como power metal – e tenha algumas características da fatigada ramificação -, o grupo se aproxima cada vez mais do heavy tradicional e do speed metal em seu novo trabalho.

Talvez por cumprir uma agenda em estúdio bastante produtiva – foram seis álbuns de inéditas e dois de regravações em 15 anos -, não dá para esperar inovação do Iron Savior. Diferente de nomes mais atuais, o grupo não enxerga a necessidade de se comprovar e “fazer diferente”.

Dessa forma, a sensação de estar ouvindo outro álbum do Iron Savior se repete ao longo de “Kill Or Get Killed”, já que a fórmula é reproduzida à risca. Ainda assim, o disco é interessante, já que foge dos clichês do power metal tão explorados nas duas décadas anteriores e apresenta performances competentes dos envolvidos.

Os grandes destaques de “Kill Or Get Killed” estão logo no seu início: a arrasadora faixa título e a pesada “Roaring Thunder”. A grudenta “Never Stop Believing”, a extensa “Until We Meet Again” e a versão para “Sin City”, do AC/DC, também merecem menções individuais.

Ainda que sem surpresas, “Kill Or Get Killed” mantém um padrão de qualidade raro dentro de um subgênero repleto de álbuns “oito ou oitenta”. Para fãs mais conservadores de power metal ou mesmo de heavy tradicional, esse parece ser um dos grandes discos do ano.

Piet Sielck (vocal, guitarra)
Joachim “Piesel” Küstner (guitarra)
Jan-Sören Eckert (baixo)
Patrick Klose (bateria)

1. Kill or Get Killed
2. Roaring Thunder
3. Eternal Quest
4. From Dust and Rubble
5. Sinner or Saint
6. Stand Up and Fight
7. Heroes Ascending
8. Never Stop Believing
9. Until We Meet Again
10. Legends of Glory
11. Sin City (AC/DC cover)

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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