O guitarrista Slash foi questionado, em recente entrevista à Rolling Stone, sobre os seus anos finais no Guns N’ Roses antes de sua saída, anunciada oficialmente em 1996. Entre as justificativas citadas pela imprensa e até por livros dos integrantes, como as biografias do próprio músico e do baixista Duff McKagan, menciona-se que Slash ficou descontente após algumas de suas composições terem sido recusadas pelo vocalista Axl Rose para um possível novo disco – o material acabou sendo aproveitado no primeiro disco do grupo Slash’s Snakepit, “It’s Five O’Clock Somewhere” (1995).
Ao ser questionado sobre essa história, Slash disse: “Não tenho certeza sobre o que estava acontecendo ali. Eram apenas algumas coisas que eu estava compondo. Não acho que era algo necessário, sequer me lembro de ter apresentado alguma coisa disso como ‘o novo Guns N’ Roses'”.
O entrevistador, então, destaca que Slash afirmou justamente o contrário em seu livro. O guitarrista, em seguida, permitiu-se duvidar um pouco do que ele mesmo escreveu. “Sei que existiam alguns riffs, mas, provavelmente, não iriam a lugar nenhum, então eu apenas pensei: ‘ok, tudo bem’. Foi mais ou menos o que aconteceu. Ninguém ficou empolgado em trabalhar naquelas músicas, então, o restante do disco (do Snakepit) é de coisas novas que eu estava compondo”, afirmou.
– Leia entrevista: Ryan Roxie fala de Alice Cooper, Slash’s Snakepit e carreira solo
Slash também relembrou o talento do vocalista Eric Dover, que integrou a primeira formação do Slash’s Snakepit – a banda também contava com Gilby Clarke (já demitido do Guns N’ Roses) na guitarra base, Mike Inez no baixo e Matt Sorum na bateria. “Eric era ótimo e eu amo Mike Inez. Foi uma pequena unidade legal. Mas, então, havia um ponto em que estávamos na estrada e Eric não estava confortável. Ele é um guitarrista e ele pode cantar, é um bom cantor, mas não estava confortável enquanto frontman. E houve um momento na turnê em que percebi que ele realmente não era um frontman, estava fora de sua zona de conforto”, disse.