Muitas bandas de rock e até de outros estilos musicais têm recorrido a estruturas de estúdios analógicos para gravar suas novas músicas, como era feito décadas atrás. A ideia é dar uma sonoridade mais retrô aos álbuns e extrair timbres mais orgânicos, sem tanta sobreposição de recursos digitais em cima do registro.
Slash fez o caminho inverso: em vez gravar seu novo disco solo com Myles Kennedy & The Conspirators, “Living The Dream”, com equipamento analógico, o guitarrista optou por registrar as músicas com ferramentas digitais. Em entrevista à Hard Drive Radio (transcrição via Ultimate Guitar), o músico explicou, de forma sincera, o motivo de sua escolha.
“Gosto do analógico porque sou fã da forma que o analógico soa, mas ir a um estúdio comercial e pagar por isso é algo muito pesado financeiramente. Da forma do negócio de álbuns opera atualmente, as chances de pelo menos empatar os gastos que se tem com um disco são muito pequenas. Então, finalmente me permiti fazer isso digitalmente, porque se usa menos equipamentos, gasta-se menos tempo e reduz-se muitas coisas”, afirmou.
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O guitarrista fez elogios ao produtor Michael “Elvis” Baskette por conseguir extrair o melhor resultado possível de equipamentos digitais. “Ele é um ótimo engenheiro de som e produtor. Ele usou alguns equipamentos que realmente suavizaram toda a abordagem digital. Quando você ouve, você não pensa que foi gravado digitalmente. Vou lançá-lo em vinil, tamanha a suavidade. Sim, sou um cara dos vinis”, disse.
“Living The Dream” será lançado no próximo dia 21 de setembro. Em seu quarto disco solo – e terceiro com Myles Kennedy & The Conspirators, Slash é acompanhado por Brent Fitz na bateria, Todd Kerns no baixo e, agora, Frank Sidoris na guitarra rítmica – além, é claro, de Myles Kennedy nos vocais.