Informações de que grandes fabricantes de guitarras estão passando por dificuldades financeiras têm chegado a público nos últimos meses. A Gibson, por exemplo, chegou a entrar com pedido de recuperação judicial neste ano, enquanto a Fender também está com grandes dívidas e a PRS precisou cortar funcionários e produzir modelos mais baratos. No Brasil, a venda do instrumento caiu 78% desde 2012, segundo a Associação Nacional da Indústria da Música (Anafima).
Apesar disso, o vice-presidente de produtos da Fender, Justin Norvell, disse ao canal de YouTube “Australian Musician” (transcrição e tradução via UOL) que o mercado de guitarras tem crescido nos dois últimos anos. E o público responsável pela alta nas vendas é o feminino.
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“Na verdade, o mercado da guitarra cresceu nos últimos dois anos, e deve continuar assim, principalmente porque há muito mais mulheres tocando guitarra. Muitas vezes há menos guitarristas solo ou bandas focadas dessa forma, mas a guitarra está mais forte do que nunca”, disse Norvell.
Ainda segundo o executivo, a versatilidade da guitarra faz com que ela continue sendo bastante procurada pelos músicos. “Há uma empolgação sobre a guitarra acontecendo na indústria e [a Fender] adora isso. Parte do conteúdo que criamos para ajudar a lançar novos modelos está focado em algumas dessas bandas mais novas, esses estilos mais novos e coisas que mostram como a música pode continuar evoluindo, mas ferramentas como a guitarra permanecem relevantes”, afirmou.