O vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, expôs sua opinião sobre a indústria musical em entrevista ao programa “Conta Corrente”, do canal fechado Globo News, exibida na última semana. O cantor esteve em São Paulo, no último dia 14 de maio, para participar como palestrante do VTex Day, considerado o maior evento de vendas multicanal da América Latina.
Segundo Dickinson, a relação entre os fãs e a indústria da música, antes da internet, era de “exploração”. “A indústria da música explorava seus clientes. As gravadoras estavam ganhando muito dinheiro sem fazer muita coisa. Elas acreditavam que os downloads iam simplesmente desaparecer, mas não desapareceram”, afirmou.
– O que Bruce Dickinson falou ao público durante palestra em São Paulo
Para o vocalista, a internet apresentava uma oportunidade de negócios, em vez de uma situação negativa, de prejuízo. “Não fizeram nada a respeito, não viram que os downloads eram uma ótima maneira de ter acesso aos fãs, ou clientes, se preferir. Mas as bandas perceberam. As bandas estavam muito à frente das gravadoras”, disse.
Para embasar sua argumentação, Dickinson citou o público brasileiro – em sua maioria, segundo ele, mais jovem que em outros locais. “O Brasil, por exemplo, tinha um dos públicos mais jovens entre todos os países do mundo. Consequentemente, entendiam bastante de internet. Então, para uma banda como o Iron Maiden – abraçamos a internet bem no começo. Isso foi ótimo para nós. Entrávamos em contato com as pessoas no Brasil diretamente. Mas as gravadoras falharam em entender isso porque eram muito arrogantes, antigas e lentas”, afirmou.
Assista à entrevista, na íntegra, no player de vídeo a seguir.