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Formação atual do Sepultura é “a mais forte da história”, diz Andreas Kisser

O guitarrista Andreas Kisser comentou, em entrevista à rádio britânica Radio Lab 97.1 (transcrição via Blabbermouth), que a formação atual do Sepultura é “a mais forte” de sua história. Além de Kisser, integram a line-up da banda o vocalista Derrick Green, o baixista Paulo Jr e o baterista Eloy Casagrande.

“É a mais forte, cara. De longe”, disse, antes de afirmar que é “difícil” julgar e comparar as formações. “Nos anos 80, Iggor (Cavalera, ex-baterista) criou esse tipo de linguagem, claro, influenciado por Dave Lombardo (ex-Slayer, Suicidal Tendencies), todos esses ótimos bateristas, mas ele é brasileiro e, naturalmente, tinha o groove brasileiro, mesmo que não seja um músico de samba, lambada ou algo do tipo. Brasileiros têm esse tipo de groove naturalmente. É por isso que é importante ter, sempre, um baterista brasileiro após a saída de Iggor”, completou.

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Andreas destacou, ainda, que foi bom ter excursionado entre 2006 e 2007 com Roy Mayorga, que, embora não seja brasileiro, tem “sangue cubano e equatoriano”. “Funcionou muito bem, em um groove diferente, mas foi legal. Acho que somos muito fortes – Derrick está há 20 anos conosco, melhor do que nunca; Eloy é o melhor baterista do mundo, de longe. Respeito todo tipo de opinião, mas são realmente incríveis as coisas que ele está trazendo ao Sepultura. Parece que ele consegue fazer o impossível, de verdade. Ele é muito metal, muito profissional, muito cheio de energia, cheio de tudo que é bom”, afirmou.

Kisser também reforçou que as coisas estão “melhores” por agora porque o palco é “muito sagrado” para o Sepultura. “Sem empresários, sem selos, sem nada. Estamos trabalhando – nós, os músicos, cruamente e é isso. Durante aqueles tempos, (dos álbuns) ‘Roots’ (1996) e ‘Chaos A.D.’ (1993), era louco. Não nos falávamos – tipo, (com) gerentes e advogados. Era louco. Agora, é incrível – é muito pacífico, organizado. Temos pessoas trabalhando para um objetivo, de forma profissional”, disse.

Por fim, o músico destacou que o Sepultura vive seu “melhor momento, dentro e fora dos palcos”. “Levou muito trabalho para chegar aqui, mas é uma sensação fantástica. Trinta e quatro anos de nossa banda, não é fácil de se manter com todas as mudanças – não apenas vinil, CD, vinil de novo e download, Napster e Spotify. Passamos por tudo isso – mudanças que ainda estão acontecendo. É como uma grande fase de transição. Não sabemos para onde vamos, mas é ótimo estar aqui”, afirmou.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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