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Em seu 70° aniversário, Alice Cooper segue relevante

Alice Cooper parece ter saído de outro planeta. No entanto, há um ser humano eloquente e ainda relevante na música por trás do alter-ego. Nem parece, mas Alice celebra aniversários – é humano, lembre-se.

Vincent Furnier, “the man behind the mask”, chega aos 70 anos de idade neste domingo, 4 de fevereiro de 2018, com uma carreira exemplar. Não à toa, é chamado de “o padrinho do shock rock” – foi um dos pioneiros de uma segmentação visual do rock que tem forte representação até os dias de hoje.

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Cooper, na verdade, era apenas o membro de uma banda que levava o nome em questão. Em 1975, o grupo chegou ao fim e ele adotou o pseudônimo para sua carreira solo. Entre os álbuns com a Alice Cooper Band e em carreira solo, contam-se 27 trabalhos de estúdio – o mais recente, “Paranormal”, chegou a público em julho de 2017.

É, aliás, com base em “Paranormal” e na recente turnê que o promoveu – com direito a shows no Brasil, incluindo no festival Rock In Rio – que dá para dizer que Alice Cooper segue relevante. O novo álbum é de qualidade ímpar e as apresentações continuam impactantes.

Há, ainda, a importância do que foi feito lá atrás, seja pelos discos clássicos da década de 1970, pela volta triunfal entre os anos 1980 e 1990 ou pela criatividade, desprendida de rótulos, que marca seus trabalhos mais recentes. A discografia de Alice é de imensa qualidade.

Graças a tudo isso, Alice Cooper poderia ser um sujeito “estrela”. Parece, contudo, passar longe disso. Pelos relatos de seus atuais ou antigos colegas de banda, ou mesmo de amigos feitos no segmento musical, Alice – ou melhor, Vincent – é um senhor pra lá de carismático, que gosta de conversar, jogar golfe e conduzir uma vida, na medida do possível, simples. Suas entrevistas e aparições públicas refletem sua personalidade tranquila e sensata. Sua trajetória, marcada pela superação diante do vício, merece destaque até mesmo em livros de autoajuda.

Alice Cooper é o mais novo “setentão” do rock. E, diferente de muitos outros, chegou à sua nova década de vida com a mesma relevância de tempos atrás. É um personagem necessário e importante para a música.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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