Amy Lee, do Evanescence, fala sobre machismo na indústria musical

A cantora do Evanescence, Amy Lee, é citada como influência por muitas frontwomen do rock. Nomes como Lzzy Hale (Halestorm), Taylor Momsen (The Pretty Reckless) e Hayley Williams (Paramore) já elogiaram a vocalista publicamente, não só por seu trabalho em si, mas por ter mostrado que uma mulher pode, sim, fazer sucesso dentro do gênero musical em questão.

No entanto, em entrevista à Billboard, Amy Lee contou que sua trajetória na música não foi fácil. A artista citou, por exemplo, que se opôs à participação do rapper Paul McCoy na música “Bring Me To Life”, sugerida pela gravadora Wind-up Records. McCoy acabou cantando na faixa, que fez sucesso. O selo também havia proposto que um rapper entrasse no grupo de forma permanente, algo que Lee discordou frontalmente e acabou não ocorrendo.

- Advertisement -
Leia também:  Músico do Manimal, Alexandre Lima morre após ficar 10 anos em coma

Amy diz que entrou em muitas lutas e sente que venceu a maior parte delas. “Às vezes, era difícil saber a diferença entre ser tratado como um jovem idiota – ‘você é só uma criança, todos sabem mais do que você’ – e ser tratado de certa forma por ser uma mulher”, disse.

Segundo Lee, o caminho é um pouco mais complicado na indústria musical para quem é mulher. “Aprendi conforme fiquei mais experiente e muito disso foi porque sou mulher. Naturalmente, as pessoas nos veem como o ‘sexo frágil’, que vai ficar de lado e deixar os homens fazerem o ‘trabalho verdadeiro’. Então, por diversas vezes, observei isso, reconheci e disse: ‘não, vai acontecer da forma que eu quero, porque tenho certeza de que estou certa, é a minha arte e você não vai mudar isso'”, contou.

Leia também:  O verdadeiro rei do rock, segundo Dave Grohl: “f.da-se Elvis”

Ainda de acordo com Amy Lee, tais conflitos na indústria musical são uma das razões pelas quais o Evanescence lança poucos discos. O grupo só divulgou quatro álbuns até hoje: “Fallen” (2003), “The Open Door” (2006), “Evanescence” (2011) e “Synthesis” (2017), sendo que este último é um registro de regravações orquestradas e eletrônicas, com três faixas inéditas.

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesAmy Lee, do Evanescence, fala sobre machismo na indústria musical
Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimas notícias

Curiosidades