Geralmente, o baixista Geezer Butler não é muito questionado com relação ao fim do Black Sabbath. Pergunta-se muito sobre o assunto ao guitarrista Tony Iommi, que manteve a banda ativa mesmo sem integrantes originais por algum tempo – e, recentemente, sofreu com um linfoma – ou ao vocalista Ozzy Osbourne, que manteve sua carreira solo mesmo após voltar ao Sabbath.
O site da Billboard resolveu quebrar o protocolo e perguntar a Geezer Butler o seu sentimento com relação ao fim do Black Sabbath. “Senti alívio por tudo ter acabado, que fizemos um bom show – e um tanto triste por pensar que nunca faríamos de novo”, afirmou.
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Apesar da tristeza, Butler pondera que “não foi tão ruim” quanto ele pensou que seria. “Senti ser o correto. Estivemos por aí durante 49 anos, é hora de parar. Senti que era certo que essa fosse a última turnê”, disse.
O músico destacou que as grandes turnês chegaram ao fim, principalmente, pela saúde de Tony Iommi. “Ele sentia que não poderia excursionar mais. Fosse por mim, faria turnês pelos próximos cinco anos, porque adoro viajar. Mas pela doença de Tony, ele não poderia fazer isso por muito tempo”, afirmou.
Segundo Butler, o problema não era o show em si, mas, sim, as viagens e os diferentes hotéis onde se hospedavam. “Ele não conseguiu lidar com isso depois de ter seu câncer tratado. Todos nos simpatizamos com ele e somos gratos por termos feito a última turnê juntos”, disse.
O baixista destacou, ainda, que não pensou muito sobre o fato de a turnê “The End” ter sido a última, senão, “ficaria emocional demais”. “Sentimos que seria uma turnê especial. Parecia que cada show deveria ser o melhor de todos, porque seria a última vez que as pessoas nos veriam naquele lugar. Psicologicamente, colocamos um esforço extra em cada show. Acho que Ozzy soou melhor do que em muito tempo, assim como a banda”, afirmou.