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Roland Grapow diz que foi difícil substituir Kai Hansen no Helloween

O guitarrista Roland Grapow relembrou seus tempos de Helloween em entrevista ao Metal Insider. O músico destacou as composições feitas por ele enquanto estava na banda – várias delas integram a tracklist do álbum de regravações “Pumpkings”, lançado pelo Masterplan.

Durante o bate-papo, Roland Grapow disse que compôs tudo o que gostaria de ter composto com o Helloween. “A primeira foi ‘The Chance’. Toquei para Weiki (Michael Weikath, guitarrista) e, claro, ele pediu para fazer um refrão mais melódico. A segunda foi ‘Mankind’ e foi quando percebi que Ingo (Schwichtenberg, baterista) me aceitou melhor como guitarrista”, afirmou.

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Roland relembrou que Ingo ficou impactado com a ausência do guitarrista Kai Hansen, cuja vaga foi ocupada por Grapow. “Demorou dois ou três anos, até que eu fizesse essas músicas, para que ele gostasse de mim como guitarrista, porque ele sentia muita falta de Kai”, disse.

Grapow também falou sobre o período difícil de sua entrada – e, novamente, comentou sobre o peso em substituir Kai Hansen. “Eu era o cara novo, substituindo alguém que foi muito bem-sucedido na banda. Sentia que Kai era, próximo ao cantor, o cara principal. Todos gostavam dele e até pensava que Weiki compunha músicas melhores com ele, como ‘Eagle Fly Free’ e ‘Keeper of the Seven Keys’. E, claro, todos querem ouvir ‘Future World’ e ‘I Want Out’ – apenas essas duas (risos)”, afirmou.

O período inicial de Roland Grapow com o Helloween foi marcado por complicações internas, que resultaram nos álbuns “Pink Bubbles Go Ape” (1991) e “Chameleon” (1993). “Esses primeiros dois discos foram difíceis, porque eu entrei em uma banda quebrada. Eles estavam brigando por causa de composições, direção musical, e mesmo sendo o músico mais velho, eu era o menos experiente. Fiquei tímido e não entrei na discussão”, disse Roland.

As coisas foram piores na concepção de “Chameleon”, segundo Grapow. “Em vez de melhorarmos, fizemos pior em ‘Chameleon’. Falo dos negócios, não das músicas – tenho orgulho delas. A situação na banda era difícil. Fomos longe demais com ‘Chameleon’, mas as pessoas mais velhas me dizem, hoje em dia, que gostam do álbum. Não é Helloween ou metal, mas é bom”, afirmou.

Com todos os problemas, o Helloween precisava de uma mudança. “Depois de ‘Chameleon’, fizemos a turnê e vi muitos pontos de interrogação nos rostos dos fãs. Disse a Weiki: ‘acho que não estou feliz com o que fizemos aqui’. Foi difícil, por isso, mudamos o vocalista e Andi Deris chegou”, disse Grapow.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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