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Ozzy Osbourne: volta de Zakk Wylde alia o útil ao agradável

A notícia de que Zakk Wylde voltaria a tocar com Ozzy Osbourne acertou os fãs em cheio. Primeiro, porque essa reunião não estava sendo especulada por nenhum veículo de imprensa até então. Segundo, porque une o útil ao agradável.

Nos últimos anos, Zakk Wylde e Ozzy Osbourne ficaram distantes de seus projetos principais. Wylde se dedicou menos ao Black Label Society para lançar e promover seu segundo disco solo, “Book Of Shadows II” (2016). O guitarrista também tem conduzido o projeto Zakk Sabbath. Já Ozzy concentrou seus esforços na reunião do Black Sabbath, iniciada em 2011 e encerrada com o fim definitivo do grupo, no início deste ano.

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Provavelmente, Ozzy Osbourne concluiu que precisaria de um retorno triunfal após o fim do Black Sabbath. O Madman deixou claro, em diversas entrevistas, que não vai se aposentar mesmo depois do Sabbath encerrar suas atividades. Ele deixou claro que a saúde de Tony Iommi, que enfrenta um linfoma há alguns anos, foi o motivo pelo qual o grupo decidiu parar.

Ozzy não quer pendurar as chuteiras. E nem precisa, pois, apesar das idades e dos abusos, ainda se porta devidamente nos palcos e consegue produzir registros relevantes.

Diante disso, o retorno de Zakk Wylde caiu como uma luva. Ele foi o guitarrista que passou mais tempo ao lado de Ozzy Osbourne e, depois de Randy Rhoads, tornou-se no músico mais notável a acompanhar o Madman – Jake E. Lee tinha esse mesmo potencial, mas não deu sequência à sua carreira após deixar de trabalhar com Ozzy.

Ainda não há pronunciamentos oficiais que justifiquem o retorno de Zakk Wylde à banda de Ozzy Osbourne. Entretanto, imagina-se que o desligamento de Gus G., guitarrista que ocupou a vaga de Wylde desde 2009, tenha sido opção de Ozzy. E não por algum problema, mas, sim, porque Zakk e Ozzy precisavam voltar. Era uma questão de tempo.

O próprio motivo pelo qual Ozzy Osbourne deixou de trabalhar com Zakk Wylde é um tanto bobo. Ozzy afirmou, em entrevistas posteriores, que desligou Zakk de sua banda porque suas colaborações autorais para o próximo disco, que viria a ser “Scream”, estavam com uma sonoridade semelhante demais à do Black Label Society.

Ora, Zakk já deu diversas demonstrações de que consegue trazer contribuições diferentes do que é produzido com o Black Label Society. O músico se acomodou no fim da década passada, é verdade, mas o próprio BLS se oxigenou e conseguiu apresentar, recentemente, um de seus melhores discos: “Catacombs Of The Black Vatican” (2014).

A justificativa dada por Ozzy Osbourne, para mim, não soa tão plena. Embora o Madman nunca tenha deixado de ser amigo de Wylde, há indícios de que um desgaste no relacionamento seja mais justificável.

Fato é que Ozzy Osbourne e Zakk Wylde estão de volta. E essa reunião acontece em um momento em que precisam um do outro para mostrarem que ainda conseguem fazer grandes trabalhos. A discografia recente de ambos é bem boa, mas, juntos, Ozzy e Zakk já fizeram álbuns históricos.

O único pesar, em meu ver, está relacionado a Gus G. O líder do Firewind não teve a oportunidade de mostrar a que veio. Durante oito anos ao lado de Ozzy Osbourne, fez pouco mais de 100 shows e gravou apenas um disco – “Scream” (2010), que, apesar de ser bom, já estava com um conceito definido.

Não foi possível que Gus G. oferecesse mais, pois, desde 2011, Ozzy Osbourne se dedicou à reunião do Black Sabbath. O grupo encerrou suas atividades neste ano – ou seja, só agora, o Madman teria a chance de retomar a sua carreira solo. E, talvez ciente de que Zakk Wylde retomaria seu posto, Gus G. lançou, no início deste ano, mais um disco do Firewind: “Immortals”, o primeiro em cinco anos.

Com relação ao futuro de Ozzy Osbourne e Zakk Wylde, ainda não há tantas informações. Sabe-se que o Madman já prepara um disco de inéditas, com lançamento previsto para 2018, que dará início à sua fase pós-Sabbath. O retorno de Zakk será concretizado, inicialmente, em uma série de quatro shows nos Estados Unidos, marcados para julho e agosto deste ano.

Resta-nos aguardar pelo que será feito daí em diante. Entretanto, como disse Gus G. em sua “carta de despedida”: “é ótimo ver Ozzy e Zakk juntos novamente, já estava na hora”.

Veja também:
O período em que Bernie Tormé e Brad Gillis tocaram com Ozzy Osbourne
E se Randy Rhoads não tivesse morrido?
Quando Ozzy Osbourne se aposentou, mas logo desistiu

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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Nos últimos anos, Zakk Wylde e Ozzy Osbourne ficaram distantes de seus projetos principais. Wylde se dedicou menos ao Black Label Society para lançar e promover seu segundo disco solo, “Book Of Shadows II” (2016). O guitarrista também tem conduzido o projeto Zakk Sabbath. Já Ozzy concentrou seus esforços na reunião do Black Sabbath, iniciada em 2011 e encerrada com o fim definitivo do grupo, no início deste ano.

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Provavelmente, Ozzy Osbourne concluiu que precisaria de um retorno triunfal após o fim do Black Sabbath. O Madman deixou claro, em diversas entrevistas, que não vai se aposentar mesmo depois do Sabbath encerrar suas atividades. Ele deixou claro que a saúde de Tony Iommi, que enfrenta um linfoma há alguns anos, foi o motivo pelo qual o grupo decidiu parar.

Ozzy não quer pendurar as chuteiras. E nem precisa, pois, apesar das idades e dos abusos, ainda se porta devidamente nos palcos e consegue produzir registros relevantes.

Diante disso, o retorno de Zakk Wylde caiu como uma luva. Ele foi o guitarrista que passou mais tempo ao lado de Ozzy Osbourne e, depois de Randy Rhoads, tornou-se no músico mais notável a acompanhar o Madman – Jake E. Lee tinha esse mesmo potencial, mas não deu sequência à sua carreira após deixar de trabalhar com Ozzy.

Ainda não há pronunciamentos oficiais que justifiquem o retorno de Zakk Wylde à banda de Ozzy Osbourne. Entretanto, imagina-se que o desligamento de Gus G., guitarrista que ocupou a vaga de Wylde desde 2009, tenha sido opção de Ozzy. E não por algum problema, mas, sim, porque Zakk e Ozzy precisavam voltar. Era uma questão de tempo.

O próprio motivo pelo qual Ozzy Osbourne deixou de trabalhar com Zakk Wylde é um tanto bobo. Ozzy afirmou, em entrevistas posteriores, que desligou Zakk de sua banda porque suas colaborações autorais para o próximo disco, que viria a ser “Scream”, estavam com uma sonoridade semelhante demais à do Black Label Society.

Ora, Zakk já deu diversas demonstrações de que consegue trazer contribuições diferentes do que é produzido com o Black Label Society. O músico se acomodou no fim da década passada, é verdade, mas o próprio BLS se oxigenou e conseguiu apresentar, recentemente, um de seus melhores discos: “Catacombs Of The Black Vatican” (2014).

A justificativa dada por Ozzy Osbourne, para mim, não soa tão plena. Embora o Madman nunca tenha deixado de ser amigo de Wylde, há indícios de que um desgaste no relacionamento seja mais justificável.

Fato é que Ozzy Osbourne e Zakk Wylde estão de volta. E essa reunião acontece em um momento em que precisam um do outro para mostrarem que ainda conseguem fazer grandes trabalhos. A discografia recente de ambos é bem boa, mas, juntos, Ozzy e Zakk já fizeram álbuns históricos.

O único pesar, em meu ver, está relacionado a Gus G. O líder do Firewind não teve a oportunidade de mostrar a que veio. Durante oito anos ao lado de Ozzy Osbourne, fez pouco mais de 100 shows e gravou apenas um disco – “Scream” (2010), que, apesar de ser bom, já estava com um conceito definido.

Não foi possível que Gus G. oferecesse mais, pois, desde 2011, Ozzy Osbourne se dedicou à reunião do Black Sabbath. O grupo encerrou suas atividades neste ano – ou seja, só agora, o Madman teria a chance de retomar a sua carreira solo. E, talvez ciente de que Zakk Wylde retomaria seu posto, Gus G. lançou, no início deste ano, mais um disco do Firewind: “Immortals”, o primeiro em cinco anos.

Com relação ao futuro de Ozzy Osbourne e Zakk Wylde, ainda não há tantas informações. Sabe-se que o Madman já prepara um disco de inéditas, com lançamento previsto para 2018, que dará início à sua fase pós-Sabbath. O retorno de Zakk será concretizado, inicialmente, em uma série de quatro shows nos Estados Unidos, marcados para julho e agosto deste ano.

Resta-nos aguardar pelo que será feito daí em diante. Entretanto, como disse Gus G. em sua “carta de despedida”: “é ótimo ver Ozzy e Zakk juntos novamente, já estava na hora”.

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Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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