Trechos revelados da biografia de Rita Lee, intitulada “Rita Lee – Uma autobiografia” e lançada pela Editora Globo, contém duras críticas a ex-colegas dos Mutantes. A revelação é do jornalista André Barcinski, em seu blog no UOL.
Sobre o guitarrista Sergio Dias, Rita Lee diz:
“Serginho, o caçula gordinho, apelido Pipa, não completou o ginasial, nunca leu um livro na vida, raramente escovava os dentes, protótipo do caçula pentelho, o Sancho Pança do mano mais velho. Em compensação, tocava guitarra com incrível rapidez a precisão, algo circense até, eu diria 95% técnica e 5% alma. Serginho gozava da minha cara e eu da dele, coisa de irmão mais novo, digamos que rolava uma não-camaradagem suportável entre nós.”
Em outro trecho, ela afirma:
“A virtuosidade de Sergio na guitarra era fato inegável, apenas sua técnica instrumental se mostrava inversamente proporcional ao talento como compositor.”
Já sobre o ex-marido, Arnaldo Baptista, Rita Lee fala sobre a condição mental dele e afirma que ele “vende sua imagem de coitadinho, tão apreciada pelas viúvas e críticos de música”. Ela disse, ainda, ter ligado para a casa dele, passando-se por uma assessora de Kurt Cobain.
“Dali a pouco Loki entra na linha todo empolgado, se apresentando fluentemente sem gaguejar e sem o menor sinal de retardamento mental.”
Barcinski destacou que o criticado Sergio Dias ajudou a compor músicas como “Ando meio desligado”, “Dom Quixote” e “O relógio”, entre outras. Já sobre Arnaldo Baptista, o jornalista destaca que o músico foi internado à força em uma clínica psiquiátrica, se jogou do 3° andar de um prédio e ficou em coma por dois meses.
“O livro é de Rita Lee e ela escreve o que quiser. Qualquer biografia de banda de rock que não traga histórias picantes sobre brigas e porra-louquices não presta. Mas não seria legal falar também das gravações dos discos dos Mutantes? Que tal explicar ao leitor como três moleques paulistanos criaram aquelas obras-primas?”, diz Barcinski.
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