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2007: 15 discos de rock/metal que completam 10 anos de lançamento

Bons discos de rock e metal foram lançados no ano de 2007. Ocorreram algumas mudanças no cenário geral, especialmente com caminhos distintos seguidos pelas bandas do chamado nu metal, a exemplo de Korn e Linkin Park.

No metal, quase nenhuma banda de gêneros mais tradicionais compareceu com lançamentos fortes no ano em questão. Em um ano onde um dos maiores expoentes foi o Avenged Sevenfold, talvez o nome de maior destaque entre a “velha guarda” tenha sido o Megadeth.

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O ano de 2007 também testemunhou caminhos distintos de artistas tão semelhantes em seus anos iniciais. Enquanto o Bon Jovi mergulhou no country rock em “Lost Highway”, Sebastian Bach, ex-vocalista do Skid Row, lançou “Angel Down”, seu disco mais metálico (e o melhor, na minha opinião) até hoje.

Veja, abaixo, uma compilação com 15 discos importantes de rock e metal lançados no ano de 2007. É evidente que está faltando muita coisa por aqui, mas é sempre bom reforçar que se trata de uma lista com 15 itens, não 50.

Avenged Sevenfold – “Avenged Sevenfold”

O álbum autointitulado do Avenged Sevenfold deu sequência a “City Of Evil” (2005), disco responsável por expor a banda ao mundo. Mais experimental, o trabalho em questão abandonou alguns elementos do metalcore. O som peculiar do grupo ganhou pitadas sinfônicas em alguns momentos.



Bon Jovi – “Lost Highway”

O disco country do Bon Jovi é, para mim, o último bom trabalho feito pela banda. O caminho do country foi trilhado, especialmente, após o grupo ter tido sucesso com o dueto “Who Says You Can’t Go Home”, dueto com Jennifer Nettles lançado em 2006. O resultado é um álbum bem trabalhado, com alguns pontos altos em sua tracklist.

Dream Theater – “Systematic Chaos”

O Dream Theater se assumiu na década de 2000. Após alguns experimentos nos anos anteriores, o grupo se consolidou a partir de “Train of Thought” (2003) e pouco mudou desde então. “Systematic Chaos” é o reflexo de tal estabilidade: um disco tipicamente Dream Theater, com momentos de complexidade e maestria instrumental.



Eagles – “Long Road Out Of Eden”

Os envolvidos não sabiam quando o produziam, mas “Long Road Out Of Eden” foi o último disco dos Eagles, nove anos do fim da banda, motivado pela morte de Glenn Frey. O único disco do grupo lançado fora da década de 1970 mostra, de certa forma, que eles nunca perderam a mão para fazer boas músicas. A pegada clássica e tradicional do grupo se faz presente por aqui.

Epica – “The Divine Conspiracy”

Um dos álbuns mais conhecidos do Epica, “The Divine Conspiracy” obedece a um bom padrão. Ainda mais sinfônico e progressivo que os anteriores, trata-se de um disco mais sofisticado, sem abandonar os momentos consideráveis de agressividade.

Foo Fighters – “Echoes, Silence, Patience & Grace”

“Echoes, Silence, Patience & Grace” não obedece a um padrão. O sexto disco do Foo Fighters alterna entre momentos mais tradicionais, com guitarra distorcida, e passagens acústicas. Soa um pouco disléxico no geral, mas, ainda assim, tem boas músicas por aqui.

Helloween – “Gambling with the Devil”

O Helloween de Andi Deris nunca foi unanimidade, mas “Gambling with the Devil” mostra que, na época, havia conseguido algo que não existia na fase Michael Kiske: estabilidade. Apesar do deslize no antecessor “Keeper of the Seven Keys – The Legacy” (2005), o power metal agressivo do grupo está bem alinhado por aqui. Nada inovador, mas boa reaplicação de fórmula – que voltou a aparecer em praticamente todos os registros sucessores.



Korn – “Untitled”

“Untitled” é, de certa forma, uma continuação de “See You On The Other Side” (2005). O Korn tentou mudar após a saída de Brian “Head” Welch. Não dá para dizer que deu certo, nem errado. A mistura com elementos do industrial metal proporcionou algo diferente, mas, em “Untitled”, falta um pouco de inspiração. Ainda assim, foi um dos discos mais marcantes de 2007.

Linkin Park – “Minutes To Midnight”

Quatro anos após o aclamado “Meteora” (2003), o Linkin Park quis mudar. Sob a produção de Rick Rubin, “Minutes To Midnight” mostra um grupo apostando menos no nu metal e nos vocais rap para soar mais tradicional – o que foi considerado, curiosamente, um experimento. Há bons momentos, mas o conjunto é um pouco cansativo.

Megadeth – “United Abominations”

O Megadeth voltou à atividade em “The System Has Failed” (2004), mas este é, basicamente, um disco solo de Dave Mustaine. “United Abominations” é o primeiro álbum do grupo a ser gravado como banda após o retorno. Glen Drover, James LoMenzo e Shawn Drover responderam bem e produziram, ao lado de Mustaine, um dos grandes discos do ano.

Nightwish – “Dark Passion Play”

O primeiro disco com Anette Olzon no lugar de Tarja Turunen não foi muito bem compreendido na época, mas é um bom registro. Comercialmente, repetiu o sucesso de “Once” (2004). Musicalmente, manteve a mesma pegada, o que mostra que o Nightwish era muito mais do que Tarja e alguns caras, até porque o principal compositor é outro: Tuomas Holopainen.

Scorpions – “Humanity: Hour I”

A discografia do Scorpions depois de “Crazy World” (1990) é um tanto inconsistente, mas “Humanity: Hour I” mostra um grupo mais consistente. O álbum, que é conceitual, mistura um pouco de várias fases da banda e as encaixa ao contemporâneo sem apelações. Passa longe de ser um clássico, mas tem bons momentos e soa uniforme.



Sebastian Bach – “Angel Down”

O melhor disco da carreira solo de Sebastian Bach. Tal título não é grande coisa, visto que os álbuns de Bach são fracos, mas “Angel Down” desequilibra. É um registro muito coeso, que mostra o vocalista em uma evolução sonora do pesado “Slave To The Grind” (1991), do Skid Row.



Sixx:A.M. – “The Heroin Diaries Soundtrack”

Em “The Heroin Diaries Soundtrack”, o até então projeto paralelo de Nikki Sixx apresentou um bom hard rock, com ares alternativos e até sinfônicos. Há boas composições e frescor melódico neste disco, conceitual e lançado como uma espécie de trilha sonora para a autobiografia “Heroína e rock n’ roll”, de Sixx.



W.A.S.P. – “Dominator”

Em “Dominator”, o W.A.S.P. deixou, enfim, de tentar emular o som criado em “The Crimson Idol”. Acompanhado de uma boa e nova formação, com Doug Blair (guitarra), Mike Duda (baixo) e Mike Dupke (bateria), Blackie Lawless fez um disco de hard n’ heavy, direto e reto, em alusão aos dois primeiros trabalhos do grupo, mas com certa contemporaneidade em seu som. “Babylon” (2009) é melhor, mas “Dominator” também é bem bom.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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