Steve Porcaro deixou o Toto pela primeira vez em 1988. Lentamente, o rock começava a mudar naquela época.
Segundo o tecladista, foi exatamente nesse momento que a banda — vencedora de prêmios Grammy em categorias importantes cinco anos antes — passou a ficar mais descolada do que fazia sucesso no momento. Como resultado, a situação levou a um inevitável sentimento de breguice.
O período foi relembrado em entrevista ao Music Radar. Porcaro aponta que o momento contribuiu para que bandas na linha do Toto fossem relegadas a um status de “rock corporativo” – no pior sentido da expressão.
Ele disse:
“Não houve nenhuma desavença quando me afastei da banda. Era o fim dos anos 80 e o grunge/Nirvana estava prestes a acontecer. Junto com Journey, REO Speedwagon e Foreigner, fomos colocados junto com toda a coisa do rock corporativo. Não éramos ‘maneiros’.”
No ano de seu afastamento, Steve participou do álbum “The Seventh One”. Embora tenha tocado em todas as faixas, recebeu crédito de convidado — por já não estar mais na formação no momento do lançamento. À época, ele disse que sairia por não sentir que suas contribuições eram devidamente aproveiadas.
A mudança de sonoridade pensada pelo grupo no período e executada a partir do álbum seguinte, “Kingdom of Desire” (1992), também contribuiu. Ele explica:
“O Toto estava falando em retomar um som mais básico e voltado às raízes. Então, eles não precisavam de alguém fazendo uns sons estranhos com sintetizadores — que era meio que o meu trabalho! Então, eu disse: ‘Tudo bem se eu for fazer esse outro monte de coisas?’.”
Steve Porcaro voltou ao Toto em 1998, saindo no mesmo ano. Sua terceira passagem ocorreu entre 2010 e 2019.
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