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Kissin’ Dynamite ignora “aquecimento” e abre Bangers Open Air com pé na porta

Banda alemã de hard rock com pitadas de power metal e até industrial fez show não exatamente memorável, mas com certeza divertido

Se a intenção do primeiro dia do Bangers Open Air 2025 era ser uma espécie de aquecimento para o público ir aos poucos pegando ritmo para o festival, esqueceram de avisar aos alemães do Kissin’ Dynamite.

Ainda era início da tarde de sexta-feira (2), dia útil no meio de um feriado prolongado. Não havia tanta gente dentro do Memorial da América Latina, em São Paulo, para prestigiar a primeira atração do dia inaugural do evento.

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Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Mas o quinteto alemão não estava nem aí para isso e começou seu show com a animada trinca formada pela veloz “Back With a Bang” — faixa-título do álbum de 2024 que liderou as paradas de sua terra natal em seu lançamento —, a pegajosa “DNA”, música mais velha do set extraída do disco “Megalomania” (2014), e de volta à velocidade com “No One Dies a Virgin”, de “Not the End of the Road” (2022).

Durante os seus cinquenta minutos no Ice Stage, o grupo exibiu sua tentativa de atualizar um hard rock misturando a farofa oitentista com power metal — “Not the End of the World”, faixa-título do disco de 2022, poderia estar num disco do Helloween — e até algumas batidas industriais à la Rammstein, como em “The Devil is a Woman”.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Sem tempo para baladas — a cadenciada e catártica “You’re Not Alone” foi a mais lenta da tarde —, a banda formada em 2007 focou quase todo seu repertório nos três últimos de seus oito álbuns em sua estreia no Brasil — além dela, “I’ve Got the Fire” foi extraída de “Ecstasy”, disco lançado em 2018.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Já desde o início da apresentação, o público respondeu entusiasmado, sendo atiçado a cantar refrãos sozinho durante vários momentos pelo vocalista Johannes Braun, e até mesmo melodias de guitarra puxadas por Jim Müller, ambos que assumiam mais a linha de frente no palco.

Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

Com apenas um pano de fundo com o logo da banda atrás no palco, Ande Braun (guitarra) e Steffen Haile (baixo) ficavam boa parte do tempo sobre uma plataforma, um a cada lado do baterista Sebastian Berg. Todos faziam os fortes vocais de suporte em refrãos que pediam a participação do público e contavam com o reforço de backing vocals pré-gravados, além das linhas de teclado também executadas da mesma forma.

Antes de apresentar a última música, “Raise Your Glass”, Müller disse que os brasileiros foram o público mais quente para quem o Kissin’ Dynamite já havia se apresentado. Ao fim do show, dificilmente alguém do público classificaria o show como memorável. Mas ninguém também vai dizer que não se divertiu com os alemães.

**Este conteúdo faz parte da cobertura Bangers Open Air 2025 — clique para conferir outras resenhas com fotos e vídeos.

Kissin’ Dynamite — repertório no Bangers Open Air 2025:

  1. Back With a Bang
  2. DNA
  3. No One Dies a Virgin
  4. I’ve Got the Fire
  5. My Monster
  6. The Devil is a Woman
  7. Not the End of the Road
  8. You’re Not Alone
  9. Raise Your Glass
Foto: Gustavo Diakov / @xchicanox

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Thiago Zuma
Thiago Zuma
Formado em Direito na PUC-SP e Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero, Thiago Zuma, 43, abandonou a vida de profissional liberal e a faculdade de História na USP para entrar no serviço público, mas nunca largou o heavy metal desde 1991, viajando o mundo para ver suas bandas favoritas, novas ou velhas, e ocasionalmente colaborando com sites de música.

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