Lou Gramm deixou oficialmente o Foreigner em 2003. Apesar da relação complicada com o líder Mick Jones, o vocalista original, que se diz aposentado das turnês, parecia cultivar uma convivência estável com a banda, visto que chegou a participar como convidado de apresentações realizadas entre 2017 e 2018. Até que as coisas novamente mudaram.
Primeiramente, em 2021 (via Blabbermouth), Gramm reclamou por ter sido cortado dos créditos de “I Want To Know What Love Is” e pela falta de trabalho colaborativo no grupo. Então, conversando com o site RockHistoryMusic.com em 2022, criticou certos comportamentos de seu substituto Kelly Hansen, alegando que o cantor tentava imitá-lo, e mostrou descontentamento com a formação atual.
Já no ano passado, à SiriusXM (via Ultimate Classic Rock), o artista disse que recebeu uma proposta para excursionar novamente com a banda. No entanto, negou por discordar de aspectos criativos e pelo “ego” de Kelly.
No fim das contas, tudo parece ter corrido bem, já que Lou acabou, de certa forma, aceitando a oferta. No último dia 15 de março, durante apresentação em Clearwater, na Flórida, o vocalista subiu ao palco para cantar com os músicos.
Além disso, ele também atuará como convidado em uma série de shows pela América Latina, que inclui o Brasil, entre abril e maio. Por razões pessoais não especificadas, Hansen não participará do giro, sendo substituído pelo guitarrista Luis Maldonado, que assumirá os vocais principais.
À Billboard, Gramm explicou como fez as pazes com os integrantes. Segundo o próprio, a maior motivação veio pela entrada do Foreigner ao Rock and Roll Hall of Fame em outubro do ano passado após anos de espera, já que eram elegíveis desde 2002:
“Desde (a entrada), senti que, pessoalmente, precisava encontrar uma maneira de deixar para trás algumas coisas que venho carregando há anos — e, como a música diz, simplesmente deixar acontecer (‘Let It Be’). É um sentimento clichê, mas é verdade — a vida é curta demais. E muitas das coisas que são exageradas e transformadas em grandes problemas são, na verdade, fáceis de superar se você deixar o seu orgulho um pouco de lado e se abrir. Porque, no fim das contas, aquilo que te deixou com raiva pelos últimos 20 anos não é algo tão relevante assim.”
No bate-papo, o cantor afirmou que não tem mais contato direto com Jones, atualmente enfrentando uma batalha contra o Parkinson, mas elogiou a parceria entre ambos do passado. Também aproveitou para ressaltar que, agora, está tudo bem entre ele e Hansen:
“Nós também não tínhamos um relacionamento muito bom antes, mas está bom agora.”
Show do Foreigner no Brasil
O Foreigner confirmou oficialmente show único no Brasil para o dia 10 de maio. A apresentação acontece no Espaço Unimed, em São Paulo, e terá abertura de Jeff Scott Soto e Eric Martin (Mr. Big), em performance conjunta. Ingressos estão à venda na Eventim.
A produção é da Mercury Concerts. Como mencionado, foi anunciado que o membro original Lou Gramm assumirá os vocais, junto do guitarrista Luis Maldonado, e não Kelly Hansen. A formação é completa por Bruce Watson, Damon Fox e Luis Maldonado nas guitarras, Jeff Pilson no baixo, Michael Bluestein nos teclados e Chris Frazier na bateria. Mick Jones, guitarrista, está ausente devido ao avanço de um diagnóstico de Parkinson.
Jeff Scott Soto (Yngwie Malmsteen, Journey) e Eric Martin (Mr. Big) abrirão os trabalhos com uma apresentação conjunta inédita, intitulada de “Double Trouble Tour”, trazendo a Spektra como banda de apoio. Tanto Martin quanto Soto vão cantar seu repertório próprio, unindo-se ao fim para uma performance conjuta. A Spektra é composta por Leo Mancini (guitarra), Edu Cominato (bateria), BJ (teclado e vocais) e Henrique Baboon (baixo).
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