Dificilmente o Sepultura teria conquistado sucesso sem o apoio das famílias dos integrantes. Para Andreas Kisser, esse foi um fator decisivo, especialmente no início, quando o projeto começou a sair do Brasil para alçar voos internacionais.
Em entrevista ao “Papo com Clê”, do canal Corredor 5, o guitarrista relembrou que mesmo sem retorno financeiro, o grupo recebeu toda a força dos pais dos integrantes. Nem todos os artistas da mesma geração puderam aproveitar as oportunidades que surgiram, justamente pela falta desse suporte.
Conforme transcrição do site IgorMiranda.com.br, ele disse:
“Eu tenho que falar que as nossas famílias, tanto a minha quanto a do Max, Iggor e Paulo, foram fundamentais. Porque eu tive vários amigos com a minha idade naquela época que tiveram que procurar emprego pra se sustentar, pra trabalhar, comprar um tênis, fazer as coisas. E nossa família deu total apoio.”
Andreas se mudou para Belo Horizonte, terra dos irmãos Cavalera e do baixista Paulo Jr, para se dedicar totalmente ao Sepultura. Tudo com apoio da família.
“Eu fui para Belo Horizonte e minha mãe ainda pagava escola, me dava uma grana de vez em quando, porque o Sepultura não fazia grana naquela época. O pouco que a gente fazia, a gente pagava conta de telefone e coisas assim na casa do Max, porque eu morava lá. O pai e a mãe do Paulo a mesma coisa, e a dona Vania, mãe do Max e do Iggor, que dava apoio total e irrestrito.”
Dedicação levou a apoio
Para Andreas Kisser, a força familiar era fruto da dedicação que os jovens músicos tinham, mesmo em início de carreira. Ele afirmou:
“Eles viam que a gente era muito focado, muito dedicado. A gente só falava nisso, só pensava nisso, só ouvia isso, ia todo dia pra casa do Paulo, onde a gente montou nosso local de ensaio. E ficávamos lá, passávamos a tarde inteira tocando, ensaiando, sonhando…”
Baixa na “família Sepultura”
Vania Cavalera, a mãe de Max e Iggor, citada por Andreas Kisser, faleceu em 2023. O anúncio foi feito na época pelas redes sociais do Cavalera Conspiracy. Veja:
Ela é considerada a maior incentivadora das carreiras musicais de Max e Iggor, que formaram em Belo Horizonte, no ano de 1984, o Sepultura. No prazo de pouco mais de uma década, a banda se tornaria a maior representante do heavy metal brasileiro no exterior, colecionando discos de ouro e posições de destaque nas paradas de vários países, além de um legado a ponto de artistas de todo o planeta mencionarem o grupo como influência.
Antes mesmo do Sepultura ter sido fundado, em 1979, Vania precisou lidar com a morte de Graziano, seu marido e pai de seus três filhos. Ele sofreu um infarto aos 40 anos, dentro de um carro onde estavam Max e Iggor, além de um sobrinho. Na juventude, trabalhou como modelo em São Paulo e no Rio de Janeiro.
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