Pit Passarell, saudoso baixista e vocalista do Viper, recebeu recentemente uma homenagem no programa “Altas Horas”. O músico morreu aos 56 anos de idade, no dia 27 de setembro do ano passado, após uma batalha contra um câncer no pâncreas.
A atração comandada por Serginho Groisman relembrou o artista durante a participação do Capital Inicial no último dia 1º de fevereiro. Diante de um pedido do apresentador, Yves Passarell, irmão do músico e guitarrista na banda em questão, discursou a respeito da ligação entre ambos.
Enquanto Yves destacava a importância de Pit também para o Capital, o programa exibia imagens de arquivo do baixista, resgatando momentos marcantes de sua trajetória desde o início. O guitarrista afirmou:
“Meu irmão Pit Passarell começou comigo, com o Viper. Infelizmente, ele faleceu há meses. Mas fez várias músicas para o Capital, entre elas, ‘O Mundo’. Ele era um grande compositor, então é bom relembrar esse legado que ele teve, esse legado não só para o rock pesado, mas para a música em geral.”
Em seguida, Dinho Ouro Preto deu sua contribuição e mencionou rapidamente o período em que Yves e Pit viajaram com o Viper pela Europa na década de 1990 — período contado no livro “Temporada na Estrada: Histórias de uma Banda de Rock”, lançado em 1999. Ao fim, Serginho pediu uma salva de palmas para o saudoso baixista.
Por meio das redes sociais na última terça-feira (11), o Viper publicou o momento e agradeceu pelo tributo e apoio de Serginho ao longo dos anos. Em texto, a banda escreveu:
“Sem palavras para agradecer ao querido Serginho Groisman e toda a sua equipe do Altas Horas, na TV Globo, pela emocionante homenagem a Pit Passarell e ao Viper. No programa que contou com a participação do Capital Inicial, Yves Passarell foi convidado a levar imagens do seu irmão Pit e do VIPER, porque Serginho queria homenageá-lo. Obrigado também aos nossos irmãos do Capital por abrirem um espaço em sua apresentação para esse momento tão especial.
Desde os anos 1990, quando Serginho apresentava o ‘Matéria Prima’ na TV Cultura, passando pelo ‘Programa Livre’, no SBT, o apresentador sempre apoiou o Viper e nos ajudou a divulgar o trabalho da banda.
Foi Serginho, inclusive, que divulgou em primeira mão no Altas Horas a volta do Viper com Andre Matos, em 2012, naquela turnê que marcou a carreira da banda e entrou para a história do heavy metal nacional.
Em nome do Pit, do Andre e de toda a banda, deixamos aqui nosso agradecimento. Obrigado por tudo, Serginho! Nunca esqueceremos o carinho que você e sua equipe têm e sempre tiveram com o Viper.”
Assista abaixo.
Viper atualmente
Após a morte de Pit Passarell, o Viper confirmou em outubro a entrada definitiva de Daniel Matos na banda. O baixista é irmão de Andre Matos, saudoso vocalista dos primeiros álbuns do grupo.
Por meio das redes sociais, em dezembro, o Viper prometeu “muitas novidades” para 2025, em comemoração aos 40 anos de trajetória. Nos próximos meses, os músicos têm shows marcados, sendo dois deles apresentações de abertura para o Angra. A agenda completa está disponível no site oficial.
Pit Passarell e a história do Viper
Pedro Sérgio Murad Passarell nasceu em 11 de abril de 1968, em Buenos Aires, capital da Argentina. Mudou-se para o Brasil na infância e já na adolescência fundou o Viper ao lado do irmão, o guitarrista Yves Passarell, e dos amigos Andre Matos (voz), Felipe Machado (guitarra) e Marcos Kleine (bateria).
A vaga de baterista passou por vários músicos, incluindo Cássio Audi e Sergio Facci, nos anos em que os demais gravaram seus dois primeiros álbuns: “Soldiers of Sunrise” (1987) e “Theatre of Fate” (1989). Hoje considerados clássicos do heavy metal brasileiro, os discos obtiveram boa repercussão especialmente no Japão.
No início dos anos 1990, Matos decidiu sair do Viper, formando o Angra na sequência. Pit assumiu os vocais nesta nova fase, que trouxe ainda Renato Graccia na bateria. O período gerou os discos “Evolution” (1992), “Coma Rage” (1994) e “Tem Pra Todo Mundo” (1996), este último com letras em português e inclinado ao pop rock.
O grupo entrou em hiato ainda em 1996 e retornou em 2005, com Pit Passarell de volta somente ao baixo e Ricardo Bocci nos vocais, além de Guilherme Martin e Val Santos, membros rapidamente nos anos 1980, retornando à bateria e guitarra, respectivamente. Um novo hiato se deu após o álbum “All My Life” (2007) até uma reunião com Andre Matos entre 2012 e 2013. A partir de 2017, Leandro Caçoilo assume os vocais, em uma formação que gravou o disco “Timeless” (2023).
Paralelamente, Pit desenvolveu uma carreira solo que rendeu os álbuns “Pit Passarell and The Lucratives” (2008) e “Praticamente Nada” (2020). Também compôs músicas para o Capital Inicial, grupo do qual seu irmão, Yves, se tornou guitarrista a partir de 2001. Contribuiu com as faixas “O Mundo”, “Seus Olhos”, “Depois da Meia-Noite”, “Algum Dia” e “Instinto Selvagem”.
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