Os fãs foram tomados por certa surpresa com o anúncio do projeto solo de Steve Harris, o British Lion, em 2012. Até aquele momento, o baixista havia se dedicado exclusivamente ao Iron Maiden.
Mas qual foi a reação de seus colegas de grupo quando o músico passou a dividir seu tempo?
Ao lado de Tony Moore, tecladista do Maiden nos primórdios e que tem feito a abertura de shows do British Lion, o chefe das duas empreitadas foi perguntado pela Classic Rock, no início de 2024, a respeito da opinião de seus companheiros. A maior parte dos integrantes já esteve em shows do grupo.
Harris citou quais deles:
“Eu realmente não sei. Adrian (Smith, guitarrista) veio na última turnê e ficou até o final. Eu sei que Dave (Murray, guitarrista) não tem problema com isso. Nicko (McBrain, baterista) veio nos ver na turnê anterior. Bruce (Dickinson, vocalista) nos viu.”
Na conta de Steve, só ficou faltando um: Janick Gers. O patrão brincou sobre a possibilidade de o guitarrista não aprovar o British Lion:
“O único que não veio foi Janick e eu nunca falei com ele sobre isso. Mas se ele tem um problema com isso… bem, isso é complicado! Não, estou brincando. Todos eles sabem que não faz nenhuma diferença para o Maiden. No máximo, me ajuda a ficar em forma para o Maiden.”
Apesar de ter lançado seu álbum de estreia homônimo em 2012, o British Lion surgiu no início dos anos 1990, como uma banda que seria empresariada por Steve Harris. O contato do baixista com o vocalista Richard Taylor e com o guitarrista Graham Leslie vem dessa época. O grupo é completado por outro guitarrista, David Hawkins, e pelo baterista Simon Dawson.
Harris vê a iniciativa mais como um projeto paralelo do que necessariamente uma banda solo. Entre os compromissos com a atração principal, o segundo álbum, “The Burning”, foi lançado em 2020.
O British Lion passou pelo Brasil em 2018, com shows no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Eles voltam a tocar na capital paulista no próximo dia 5 de dezembro, um dia antes das duas datas do Maiden na cidade.
Trabalho solo de Bruce Dickinson
Na mesma entrevista, a Classic Rock perguntou a Steve Harris se ele já tinha ouvido “The Mandrake Project”, álbum solo de Bruce Dickinson que foi lançado poucos meses depois, mas já era divulgado pelo vocalista. Na resposta, o baixista não demonstrou a mesma boa vontade que os colegas tiveram com seu trabalho fora do Maiden:
“Não, ainda não (ouvi). Há alguns dias ele me trouxe o single em vinil (‘Afterglow of Ragnarok’) para mostrar a arte da capa, mas não ouvi nada da música em si.”
“The Mandrake Project” é o sétimo álbum de Bruce Dickinson, que tem uma carreira solo bem mais antiga que a de seu chefe. Foi o primeiro lançado pelo vocalista em 19 anos. Semiconceitual, acompanha uma história em quadrinhos escrita pelo cantor, que ainda ganhará novos capítulos.
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