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A resposta de Mike Shinoda a quem diz “você não pode mais tocar como Linkin Park”

Músico deixou claro que intuito da nova formação não é imitar a banda do passado e explicou como o grupo é parte fundamental de sua história

Desde que o Linkin Park anunciou a retomada das atividades em setembro, uma parcela dos fãs questionou o retorno da banda com uma nova formação. Emily Armstrong substituiu o saudoso Chester Bennington nos vocais, enquanto Colin Brittain passou a ocupar o posto de baterista no lugar de Rob Bourdon. From Zero, primeiro álbum desde a reativação, saiu na última sexta-feira (15).

Logo de cara, Mike Shinoda deixou claro que o intuito da configuração atual não é ser uma imitação da banda no passado. Agora, o vocalista e multi-instrumentista apresentou uma nova resposta a quem diz que ele “não pode mais tocar como Linkin Park”.

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Durante participação no programa The Zach Sang Show, o músico explicou como o grupo é parte fundamental de quem é e de sua história. Por isso, passar sete anos com o LP inativo não só foi “doloroso”, mas mostrou para o artista que seria impossível deixar de lado o que construiu com a banda. 

Conforme transcrito pela Billboard, ele afirmou: 

“[Voltar com a banda] é como recuperar algo que você sente que foi tirado de você. [Algumas pessoas dizem] ‘ah, você não pode mais fazer shows como Linkin Park’, mesmo que o Linkin Park seja parte do meu DNA. Todo mundo tem uma série de coisas que formam sua identidade, coisas que fazem com você seja você mesmo. O que você ama fazer, sua família, seus filhos, seu cônjuge, seja o que for. As coisas que te definem e suas crenças. Bem no centro disso tudo, está o Linkin Park para mim. Existem muitas outras coisas também. Mas perder isso por um tempo foi doloroso. Nunca haverá nada igual a banda [para mim].”

Anteriormente, em entrevista à rádio Q101, Shinoda revelou que ele e os colegas até pensavam em voltar com um outro nome. Porém, acabaram suspendendo a ideia quando notaram que as músicas inéditas criadas com os “novatos” tinham o espírito do Linkin Park.

Naquele momento, ficou óbvio para o vocalista e multi-instrumentista que eles não seriam capazes de utilizar qualquer outra nomenclatura: 

“No meio do processo, estávamos abertos a mudar a formação constantemente, talvez usar vários vocalistas ou um nome diferente. E então, quando a música entrou em foco, nós pensamos: ‘Esse é o álbum mais Linkin Park que poderíamos fazer. É tão Linkin Park que se o chamarmos de outra coisa somos idiotas’. Seria distorcer as coisas. Seria uma bobagem. E quando as pessoas ouvirem mais do álbum, elas entenderão isso.”

Sem usar outro nome

Conversando com a Billboard, o músico já havia apresentado tal ponto de vista. Em sua opinião, “chamar [a reunião] de qualquer outra coisa seria estranho e enganoso”, como explicou:

“Conforme as músicas foram ganhando um foco, o DNA da banda estava realmente presente no projeto. Chamar de qualquer outra coisa seria estranho e enganoso. Nós ensinamos nossos filhos que quando você cai, você tem que se levantar e tentar de novo, certo? A ideia de fazermos qualquer outra coisa, com esse grupo de pessoas e com essa sonoridade, pareceria uma renúncia de certa forma. Eu odeio dizer ‘covarde’, mas seria como se estivéssemos nos esquivando.”

Já ao radialista Zane Lowe, Shinoda contou que levou um tempo até que aceitasse que ele e os colegas estavam compondo para o Linkin Park — ainda mais por envolverem outras pessoas no processo. Em suas próprias palavras, ficou mais fácil quando começou naturalmente a associar a voz de Emily à banda: 

“Quando comecei a ouvir a voz de Emily nas coisas, meu cérebro aceitou pela primeira vez as canções como faixas do Linkin Park. Quando era só minha voz, eu conseguia aceitar. Mas quando colocávamos outras pessoas nas músicas… ouvindo a voz de Emily repetidamente pensei ‘isso é bom’.”

Linkin Park no Brasil

O Linkin Park realizou dois shows no Brasil no último fim de semana. As apresentações no Allianz Parque, em São Paulo, foram filmadas para lançamento posterior no cinema.

Em 2025, o grupo volta para mais quatro performances. Até o momento, apenas as datas e as cidades foram anunciadas. Não se sabe os locais específicos, nem informações a respeito da venda de ingressos.

Veja a seguir o itinerário no Brasil em 2025:

  • 08/11/2025: Rio de Janeiro
  • 10/11/2025: São Paulo
  • 13/11/2025: Brasília
  • 15/11/2025: Porto Alegre

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 24 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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