Apesar de anunciada somente no último mês de setembro, a entrada de Emily Armstrong no Linkin Park começou a tomar forma lentamente em 2019. Depois de ter recebido o convite oficial para fazer parte do grupo, com o qual lança o álbum “From Zero” nesta sexta-feira (15), levou um tempo até que a vocalista se acostumasse com a ideia de substituir o saudoso Chester Bennington na banda.
Inclusive, ela não esconde o medo que sentiu a princípio. Durante podcast oficial em conversa com o vocalista e multi-instrumentista Mike Shinoda, a cantora, conhecida anteriormente como frontwoman do Dead Sara, revelou como ficou “em pânico” ao perceber o tamanho de sua responsabilidade e o lugar que passaria a ocupar.
Conforme transcrição da Ultimate Guitar, Armstrong relembrou:
“[Em uma situação assim], existe o medo. É uma mudança tão grande que houve um momento em que eu pensei ‘meu Deus’. O medo vem com todas as coisas boas também. Quando uma mudança assim acontece, você precisa olhar para todos os aspectos. Houve um momento em que eu estava um pouco em pânico, pensando: ‘meu Deus, como as pessoas me enxergam?’. Porque sabia que mais pessoas estariam prestando atenção em mim.”
Inúmeros questionamentos e dúvidas se daria conta do recado surgiram em sua mente. Mesmo assim, Emily lutou contra as angústias e abraçou a ideia, como relatado:
“Isso volta para a questão da identidade. Você pensa: ‘Minha identidade vai mudar. Você está pronta para isso, Emily? Está fazendo o certo? Quer ser essa pessoa? É capaz de ocupar esse papel? Consegue ser essa pessoa?’. O medo é como o diabinho no ombro dizendo: ‘não faça isso, não cresça como artista’. E o que eu aprendi é que você deve fazer o oposto do que esse medo diz, porque, no fim das contas, tudo é positivo.”
Emily Armstrong e a pressão
À Billboard, Emily Armstrong detalhou o que sentiu ao receber a proposta de realmente integrar o Linkin Park. Até então, a vocalista só estava em estúdio com os músicos, mas não havia nada concreto. Foi a partir daí que percebeu como sua vida mudaria:
“Não há como você processar isso. Lembro que ficamos em estúdio até tarde naquela noite, e depois eu fiquei em pânico da melhor maneira. Pensei: ’é real?’. Por três dias, pelo menos, fiquei nas nuvens. E então tudo mudou já que sabia que minha vida seria diferente, da melhor maneira. Voltei para uma terra de sonhos.”
No mesmo bate-papo, também destacou a pressão de entrar para a banda. Mencionando as diferenças entre a sua voz e a de Chester, ela afirmou:
“Essa é uma banda muito, muito importante para o mundo. Me sinto nas nuvens [por fazer parte disso], mas você percebe que há muito trabalho a ser feito. Em relação às músicas antigas, cantadas por uma voz única que é amada por tantas pessoas, pensei: ‘como posso ser eu mesma, mas também transmitir a emoção e o que ele trouxe para essa banda?’. A voz de Chester é diferente da minha, mas eu quero que minha voz mostre o que sinto quando ouço as músicas cantadas por ele, porque os fãs amam esse sentimento.”
Linkin Park no Brasil
O primeiro dos dois shows do Linkin Park no Allianz Parque, em São Paulo, terá transmissão ao vivo. A apresentação desta sexta-feira (15) será exibida pelo canal de TV por assinatura Multishow e no aplicativo de streaming Globoplay.
O horário sinalizado para início da transmissão é de 20h15. A banda americana sobe ao palco 15 minutos depois. No sábado (16), eles tocam no mesmo estádio, mas sem transmissão.
Em 2025, o grupo volta para mais quatro apresentações. Até o momento, apenas as datas e as cidades foram anunciadas. Não se sabe os locais específicos, nem informações a respeito da venda de ingressos. A banda apenas informou que a pré-venda do fã-clube LPU começa na próxima segunda-feira (18).
Veja a seguir o itinerário no Brasil em 2025:
- 08/11/2025: Rio de Janeiro
- 10/11/2025: São Paulo
- 13/11/2025: Brasília
- 15/11/2025: Porto Alegre
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