Morreu nesta quinta-feira (31), aos 69 anos, o poeta e letrista carioca Tavinho Paes. Ele estava internado desde o mês passado, após ter sofrido um infarto. Chegou a ser submetido a duas cirurgias, mas permaneceu em coma no Pronto Cor, na Tijuca. Deixa a esposa, Eliana Britto.
Começou a colaborar com artistas nos anos 1980, tendo assinado canções para nomes como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Marisa Monte, Gilberto Gil, Ney Matogrosso, Marina Lima, Léo Jaime, Roupa Nova e Rita Lee. Seus maiores sucessos vieram em parceria com Arnaldo Brandão e Lobão, nas músicas “Rádio-Blá” e “Totalmente Demais”, esta última sucesso com o Hanoi Hanoi.
Na década seguinte emplacou “Sexy Iemanjá”, com Pepeu Gomes, que se tornou trilha da abertura da novela “Mulheres de Areia”, na Rede Globo. Ainda colaborou com o Skank em “Homem que Sabia Demais”, faixa do álbum de estreia do grupo mineiro que emplacou nas rádios à época.
Tavinho também escreveu músicas no segmento infantil. Algumas foram gravadas por Xuxa, enquanto outras fizeram parte de desenhos, incluindo a abertura da versão animada de “O Máskara”.
Projetos de Tavinho Paes
Paes publicou seu primeiro livro de poemas em 1973, chamado “Tulipa Negra”. Ao lado de Chacal, foi um dos fundadores dos eventos CEP 20.000 e Poesia Voa, cujas apresentações aconteciam no Circo Voador.
Em seu Instagram, o músico e compositor Fausto Fawcett escreveu:
“O cara da palavra elétrica, do pensamento tempestade, convivendo com ele sentia a força da expressão, presença de espírito. Provocador, divertido e filosoficamente alucinante, brilhante. cúmplice total. Grande amigo. Vai fazer muita falta. Saudades.”
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