Os únicos músicos ricos na era clássica dos Rolling Stones, segundo Bill Wyman

Nas palavras do baixista, falta de dinheiro era problema para quase toda a banda, exceto por dois membros que acumularam uma fortuna

Bill Wyman ganhou fama no meio musical por sua passagem pelos Rolling Stones. O baixista participou da fundação da banda em 1962 e consolidou seu posto na formação clássica. Porém, após décadas de história, resolveu deixar os colegas oficialmente em 1993 por uma série de motivos. Inclusive, por dinheiro. 

Em entrevista à Classic Rock, o músico explicou que, para além da vontade de realizar novas coisas, a situação financeira pesou na tomada de decisão. Enquanto ele, o saudoso baterista Charlie Watts e o guitarrista Ronnie Wood (que entrou para a banda em 1975) sofriam verdadeiramente com a questão, o vocalista Mick Jagger e o guitarrista Keith Richards esbanjavam uma fortuna. 

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Disse o baixista: 

“Eu deveria ter saído muito antes, nos anos oitenta. Eu fiquei para uma turnê de três etapas que terminou entre 1989 e 1990, depois de sete anos sem nada. Terminei com um cheque especial de £ 200 mil, porque não estávamos ganhando nada. Mick e Keith já eram muito ricos, então eles não estavam incomodados com a situação. Mas eu, Charlie e Ronnie precisamos nos virar.”

Chegou ao ponto de que os membros mencionados precisaram procurar atividades paralelas para se sustentar. Bill exemplificou:

“Ronnie começou a fazer arte para sustentar sua família. Eu só comecei a tocar com eles de novo porque esperava que fosse só por alguns anos, já que eu queria fazer várias outras coisas.”

Segundo o próprio, até mesmo Brian Jones, que morreu em 1969, acumulou dívidas. E havia um motivo para a desigualdade entre os pagamentos: os royalties de composição. Apenas um décimo do que os “mais afortunados” ganhavam era repassado para os outros, como pontuado:

“Quando Brian [Jones] morreu, ele tinha mais de trinta mil libras em dívida. Quando comprei uma mansão em Suffolk, eu tinha só mil libras no banco. Tive que juntar para uma hipoteca e torcer para que eu continuasse ganhando dinheiro suficiente para mantê-la. Foi muito ruim. Mick e Keith eram mais ricos porque tinham royalties de composição e publicação, mas eu, Brian [Jones], Charlie e, eventualmente, Ronnie ganhávamos apenas um décimo do que eles estavam recebendo.”

Leia também:  O álbum do Pink Floyd prejudicado pela cautela, segundo Nick Mason

De fato, Mick Jagger e Keith Richards acumulam até hoje um maior patrimônio. Em 2020, o jornal Sunday Times publicou uma lista com os 23 rockstars britânicos mais ricos. Ambos ocuparam à época a terceira e quarta posição, respectivamente: o cantor com 285 milhões de libras, o guitarrista com 270.

Curiosamente, Charlie Watts e Ron Wood também apareceram no ranking, mas somente nas colocações de número 13 e 21, com 165 milhões e 95 milhões de libras, também respectivamente. 

Sobre Bill Wyman, ex-baixista dos Rolling Stones

Nascido em Londres, Inglaterra, William George Perks começou a se aventurar na música aos 10 anos através do piano. Após passar um tempo com a guitarra, se tornou baixista. Ingressou nos Rolling Stones em 1962, tendo sido o membro mais velho de toda a carreira da banda.

Desde 1997 comanda o Bill Wyman’s Rhythm Kings, que também já lançou seis discos. Ainda participou de gravações com John Hammond Jr., Howlin’ Wolf, Ringo Starr e Buddy Guy, entre outros.

Os Rolling Stones seguiram carreira com Darryl Jones no baixo. Ele continua com a banda até hoje, embora nunca tenha sido efetivado como membro oficial. De qualquer maneira, Bill Wyman participou de alguns shows em celebração aos 50 anos do grupo, em 2012.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Nas palavras do baixista, falta de dinheiro era problema para quase toda a banda, exceto por dois membros que acumularam uma fortuna

Bill Wyman ganhou fama no meio musical por sua passagem pelos Rolling Stones. O baixista participou da fundação da banda em 1962 e consolidou seu posto na formação clássica. Porém, após décadas de história, resolveu deixar os colegas oficialmente em 1993 por uma série de motivos. Inclusive, por dinheiro. 

Em entrevista à Classic Rock, o músico explicou que, para além da vontade de realizar novas coisas, a situação financeira pesou na tomada de decisão. Enquanto ele, o saudoso baterista Charlie Watts e o guitarrista Ronnie Wood (que entrou para a banda em 1975) sofriam verdadeiramente com a questão, o vocalista Mick Jagger e o guitarrista Keith Richards esbanjavam uma fortuna. 

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Disse o baixista: 

“Eu deveria ter saído muito antes, nos anos oitenta. Eu fiquei para uma turnê de três etapas que terminou entre 1989 e 1990, depois de sete anos sem nada. Terminei com um cheque especial de £ 200 mil, porque não estávamos ganhando nada. Mick e Keith já eram muito ricos, então eles não estavam incomodados com a situação. Mas eu, Charlie e Ronnie precisamos nos virar.”

Chegou ao ponto de que os membros mencionados precisaram procurar atividades paralelas para se sustentar. Bill exemplificou:

“Ronnie começou a fazer arte para sustentar sua família. Eu só comecei a tocar com eles de novo porque esperava que fosse só por alguns anos, já que eu queria fazer várias outras coisas.”

Segundo o próprio, até mesmo Brian Jones, que morreu em 1969, acumulou dívidas. E havia um motivo para a desigualdade entre os pagamentos: os royalties de composição. Apenas um décimo do que os “mais afortunados” ganhavam era repassado para os outros, como pontuado:

“Quando Brian [Jones] morreu, ele tinha mais de trinta mil libras em dívida. Quando comprei uma mansão em Suffolk, eu tinha só mil libras no banco. Tive que juntar para uma hipoteca e torcer para que eu continuasse ganhando dinheiro suficiente para mantê-la. Foi muito ruim. Mick e Keith eram mais ricos porque tinham royalties de composição e publicação, mas eu, Brian [Jones], Charlie e, eventualmente, Ronnie ganhávamos apenas um décimo do que eles estavam recebendo.”

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De fato, Mick Jagger e Keith Richards acumulam até hoje um maior patrimônio. Em 2020, o jornal Sunday Times publicou uma lista com os 23 rockstars britânicos mais ricos. Ambos ocuparam à época a terceira e quarta posição, respectivamente: o cantor com 285 milhões de libras, o guitarrista com 270.

Curiosamente, Charlie Watts e Ron Wood também apareceram no ranking, mas somente nas colocações de número 13 e 21, com 165 milhões e 95 milhões de libras, também respectivamente. 

Sobre Bill Wyman, ex-baixista dos Rolling Stones

Nascido em Londres, Inglaterra, William George Perks começou a se aventurar na música aos 10 anos através do piano. Após passar um tempo com a guitarra, se tornou baixista. Ingressou nos Rolling Stones em 1962, tendo sido o membro mais velho de toda a carreira da banda.

Desde 1997 comanda o Bill Wyman’s Rhythm Kings, que também já lançou seis discos. Ainda participou de gravações com John Hammond Jr., Howlin’ Wolf, Ringo Starr e Buddy Guy, entre outros.

Os Rolling Stones seguiram carreira com Darryl Jones no baixo. Ele continua com a banda até hoje, embora nunca tenha sido efetivado como membro oficial. De qualquer maneira, Bill Wyman participou de alguns shows em celebração aos 50 anos do grupo, em 2012.

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