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Como era trabalhar com David Gilmour e Jimmy Page, segundo Chris Slade

Baterista colaborou com guitarristas do Pink Floyd e Led Zeppelin na década de 1980 e relembrou de maneira positiva ambas as experiências

Ao longo dos anos, Chris Slade trabalhou com inúmeras lendas da música. Por exemplo, em 1984, o baterista tocou ao lado de David Gilmour na turnê em divulgação ao álbum “About Face” (1984). Um pouco mais tarde, juntou-se a Jimmy Page no grupo The Firm, que permaneceu ativo até 1986. 

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Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, também disponível em vídeo, o músico relembrou as duas experiências. Também aproveitou a oportunidade para elogiar os ex-companheiros de trabalho. 

Primeiramente, Chris descreveu a parceria com o eterno guitarrista do Pink Floyd como “incrível”. Não só pelo fator profissional, mas também pela personalidade generosa do colega fora dos palcos.

Ele declarou: 

“Foi incrível. Ele é um cara ótimo, incrível, muito generoso com seu tempo e com seu dinheiro. Ele vendeu sua casa em Londres por dois milhões de libras e doou tudo para os sem-teto. É um cara muito inteligente que realmente pensa sobre sua música. Acho que é isso que o torna um guitarrista tão bom. Ele realmente pensa sobre as coisas que toca. As pessoas me dizem: ‘oh, o Pink Floyd teve sorte’. Eu digo que eles não tiveram sorte, mas sim tiveram Gilmour. Eles não estariam em lugar nenhum sem David Gilmour.”

Segundo o artista, a colaboração com o guitarrista do Led Zeppelin também teve saldo positivo. Ao receber o convite para integrar o The Firm — que incluía ainda o vocalista Paul Rodgers e o baixista Tony Franklin —, o baterista já havia fechado a turnê com Gilmour e não conseguiria conciliar os dois projetos. 

Surpreendentemente, Page afirmou que estava disposto a esperá-lo e realmente manteve a proposta, como contou:

“Eu tinha ido a um pub para almoçar e tomei algumas cervejas. Já tinha dito ‘sim’ para Gilmour. Atendi o telefone. ‘Olá, Jimmy Page aqui’. Pensei que era trote. Só que não, não era; era realmente Jimmy Page. ‘Escuta, Paul Rodgers e eu estamos montando uma banda e gostaríamos que você fosse o baterista’. Com o coração na mão, respondi que havia me comprometido com a turnê de Gilmour. ‘Ah, sem problemas, podemos esperar’. Até tirei o telefone do meu ouvido e olhei para ele, como fazem nos filmes. Mal pude acreditar que estava ouvindo isso. E eles esperaram mesmo, quase um ano! Fiquei na estrada com Gilmour por nove, dez meses.”

As genialidades de Jimmy Page e… Malcolm Young

O The Firm lançou dois discos, o homônimo de 1985 e “Mean Business” (1986), além de realizarem excursões. Quando perguntado a respeito da propagada genialidade do guitarrista em questão, Chris não soube ao certo responder – ainda que o tenha classificado como um “ótimo músico”. Ele explicou o motivo: 

“Acho difícil comentar, porque não comprei os álbuns. Ele certamente tem algo a seu favor, seja lá o que for. É um ótimo músico e um cara legal.”

Por outro lado, o baterista não tem dúvidas de que um outro músico com quem manteve proximidade realmente era diferenciado: Malcolm Young. Em sua opinião, o saudoso guitarrista do AC/DC “era único” e “uma seção rítmica em forma de gente”: 

“Sabe quem era um gênio? Malcolm Young era um gênio. Foi o melhor guitarrista base que eu já ouvi e provavelmente ouvirei. Estava sempre no tempo certo. Era uma seção rítmica em forma de gente. Obviamente, faz muita falta. E o AC/DC era sua banda, sabe? Não era a banda de Angus, era a banda de Malcolm. Era ele quem tomava as decisões sobre direcionamento visual, letras e músicas. Embora Angus e Malcolm escrevessem juntos, eu considero Malcolm o verdadeiro gênio. Em outras palavras, ele era único.”

Sobre Chris Slade

Chris Slade entrou para o AC/DC em 1989. À época, o baterista contribuiu não só com as gravações do disco “The Razors Edge” (1990), como também com a turnê realizada em divulgação. 

Em 1994, deixou os colegas, retornando somente em 2015 para o giro do álbum “Rock or Bust”, lançado no ano anterior. Entre outras bandas que integrou estão o The Firm, Uriah Heep, Manfred Mann’s Earth Band e Asia. Como mencionado, também acompanhou David Gilmour e Tom Jones.

No último dia 19 de julho, o grupo Chris Slade Timeline, no qual o músico atua como baterista e líder, lançou o álbum “Timescape”. O vocalista Paul “Bun” Davis, o baixista Stevie Gee e os guitarristas James Cornford e Mike Clark – esse último também responsável pelos teclados – compõem a formação.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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Ao longo dos anos, Chris Slade trabalhou com inúmeras lendas da música. Por exemplo, em 1984, o baterista tocou ao lado de David Gilmour na turnê em divulgação ao álbum “About Face” (1984). Um pouco mais tarde, juntou-se a Jimmy Page no grupo The Firm, que permaneceu ativo até 1986. 

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Em entrevista ao site IgorMiranda.com.br, também disponível em vídeo, o músico relembrou as duas experiências. Também aproveitou a oportunidade para elogiar os ex-companheiros de trabalho. 

Primeiramente, Chris descreveu a parceria com o eterno guitarrista do Pink Floyd como “incrível”. Não só pelo fator profissional, mas também pela personalidade generosa do colega fora dos palcos.

Ele declarou: 

“Foi incrível. Ele é um cara ótimo, incrível, muito generoso com seu tempo e com seu dinheiro. Ele vendeu sua casa em Londres por dois milhões de libras e doou tudo para os sem-teto. É um cara muito inteligente que realmente pensa sobre sua música. Acho que é isso que o torna um guitarrista tão bom. Ele realmente pensa sobre as coisas que toca. As pessoas me dizem: ‘oh, o Pink Floyd teve sorte’. Eu digo que eles não tiveram sorte, mas sim tiveram Gilmour. Eles não estariam em lugar nenhum sem David Gilmour.”

Segundo o artista, a colaboração com o guitarrista do Led Zeppelin também teve saldo positivo. Ao receber o convite para integrar o The Firm — que incluía ainda o vocalista Paul Rodgers e o baixista Tony Franklin —, o baterista já havia fechado a turnê com Gilmour e não conseguiria conciliar os dois projetos. 

Surpreendentemente, Page afirmou que estava disposto a esperá-lo e realmente manteve a proposta, como contou:

“Eu tinha ido a um pub para almoçar e tomei algumas cervejas. Já tinha dito ‘sim’ para Gilmour. Atendi o telefone. ‘Olá, Jimmy Page aqui’. Pensei que era trote. Só que não, não era; era realmente Jimmy Page. ‘Escuta, Paul Rodgers e eu estamos montando uma banda e gostaríamos que você fosse o baterista’. Com o coração na mão, respondi que havia me comprometido com a turnê de Gilmour. ‘Ah, sem problemas, podemos esperar’. Até tirei o telefone do meu ouvido e olhei para ele, como fazem nos filmes. Mal pude acreditar que estava ouvindo isso. E eles esperaram mesmo, quase um ano! Fiquei na estrada com Gilmour por nove, dez meses.”

As genialidades de Jimmy Page e… Malcolm Young

O The Firm lançou dois discos, o homônimo de 1985 e “Mean Business” (1986), além de realizarem excursões. Quando perguntado a respeito da propagada genialidade do guitarrista em questão, Chris não soube ao certo responder – ainda que o tenha classificado como um “ótimo músico”. Ele explicou o motivo: 

“Acho difícil comentar, porque não comprei os álbuns. Ele certamente tem algo a seu favor, seja lá o que for. É um ótimo músico e um cara legal.”

Por outro lado, o baterista não tem dúvidas de que um outro músico com quem manteve proximidade realmente era diferenciado: Malcolm Young. Em sua opinião, o saudoso guitarrista do AC/DC “era único” e “uma seção rítmica em forma de gente”: 

“Sabe quem era um gênio? Malcolm Young era um gênio. Foi o melhor guitarrista base que eu já ouvi e provavelmente ouvirei. Estava sempre no tempo certo. Era uma seção rítmica em forma de gente. Obviamente, faz muita falta. E o AC/DC era sua banda, sabe? Não era a banda de Angus, era a banda de Malcolm. Era ele quem tomava as decisões sobre direcionamento visual, letras e músicas. Embora Angus e Malcolm escrevessem juntos, eu considero Malcolm o verdadeiro gênio. Em outras palavras, ele era único.”

Sobre Chris Slade

Chris Slade entrou para o AC/DC em 1989. À época, o baterista contribuiu não só com as gravações do disco “The Razors Edge” (1990), como também com a turnê realizada em divulgação. 

Em 1994, deixou os colegas, retornando somente em 2015 para o giro do álbum “Rock or Bust”, lançado no ano anterior. Entre outras bandas que integrou estão o The Firm, Uriah Heep, Manfred Mann’s Earth Band e Asia. Como mencionado, também acompanhou David Gilmour e Tom Jones.

No último dia 19 de julho, o grupo Chris Slade Timeline, no qual o músico atua como baterista e líder, lançou o álbum “Timescape”. O vocalista Paul “Bun” Davis, o baixista Stevie Gee e os guitarristas James Cornford e Mike Clark – esse último também responsável pelos teclados – compõem a formação.

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