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A música dos Beatles que Paul McCartney não cansa de tocar ao vivo

Faixa-título do derradeiro álbum lançado pela banda em seu período de atividades não era unanimidade

Ser um artista com a carreira recheada de hits pode significar ter um amplo espectro de opções na hora de montar o repertório de um show. Ao mesmo tempo, há aquelas canções que você será obrigado a tocar para o resto da carreira, ao ponto de muitas vezes se tornar uma maçante repetição noite após noite. Paul McCartney é um exemplo.

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Apesar de executar hinos dos Beatles a cada noite, ele garante não ter enjoado. Em entrevista ao New York Times, registrada pelo fansite The Paul McCartney Project, o músico mencionou até um exemplo muito específico: “Let it Be”, faixa-título do último álbum disponibilizado pela banda antes de seu encerramento.

Ele disse, conforme repercussão do Far Out Magazine:

“Sabe, estranhamente, a sensação de tocar ‘Let it Be’ não mudou muito. Eu sempre espero chegar a um ponto em que vou ficar realmente cansado dela e pensar ‘Ah, de novo não!’ Mas quando começo, é como estar revisando o trabalho desse jovem rapaz que a criou. E talvez uma linha ou frase me atinja e eu pense ‘o garoto era bom!’”

A opinião de John Lennon

Como quase tudo no final dos Beatles, “Let it Be” não foi unanimidade. Em entrevista à revista “Playboy”, transcrita no livro “All We Are Saying” (lançado no Brasil como “A Última Entrevista do Casal John Lennon e Yoko Ono”), escrito por David Sheff, John Lennon fez críticas à música em meio a perguntas de um entrevistador insistente.

“Isso é o Paul. O que você pode dizer? Nada a ver com os Beatles. Poderia ter sido gravada pelo Wings. Não sei no que ele estava pensando quando fez ‘Let It Be’. Talvez tenha ouvido uma música gospel. Não, acho que foi inspirada por ‘Bridge Over Troubled Water’ (Simon & Garfunkel). Essa é a minha sensação, embora eu não tenha nada além para dizer. Sei que ele queria fazer uma ‘Bridge Over Troubled Water’.”

Beatles e “Let it Be”

A inspiração de McCartney para “Let It Be” era o próprio momento turbulento pelo qual o grupo passava no fim da década de 1960. A banda estava na iminência de se separar, mas Paul acreditava ser o único integrante disposto a trabalhar para que todos permanecessem juntos. Foi aí que sua mãe, Mary, que faleceu em 1956, apareceu em um sonho com o recado: “deixa rolar” (“let it be”, em tradução grosseira para o português).

Apesar da opinião crítica de John Lennon, “Let it Be” se tornou o último single dos Beatles antes da separação ter sido anunciada. A faixa emplacou no topo das paradas de Estados Unidos, Austrália, Canadá, Bélgica, Suécia e Noruega, entre outros países, além de chegar ao 2° lugar no Reino Unido e Alemanha.

Foi a principal música de trabalho do álbum, que leva o título da canção. O disco também fez sucesso: chegou ao primeiro lugar dos charts de Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália, entre outros.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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“Sabe, estranhamente, a sensação de tocar ‘Let it Be’ não mudou muito. Eu sempre espero chegar a um ponto em que vou ficar realmente cansado dela e pensar ‘Ah, de novo não!’ Mas quando começo, é como estar revisando o trabalho desse jovem rapaz que a criou. E talvez uma linha ou frase me atinja e eu pense ‘o garoto era bom!’”

A opinião de John Lennon

Como quase tudo no final dos Beatles, “Let it Be” não foi unanimidade. Em entrevista à revista “Playboy”, transcrita no livro “All We Are Saying” (lançado no Brasil como “A Última Entrevista do Casal John Lennon e Yoko Ono”), escrito por David Sheff, John Lennon fez críticas à música em meio a perguntas de um entrevistador insistente.

“Isso é o Paul. O que você pode dizer? Nada a ver com os Beatles. Poderia ter sido gravada pelo Wings. Não sei no que ele estava pensando quando fez ‘Let It Be’. Talvez tenha ouvido uma música gospel. Não, acho que foi inspirada por ‘Bridge Over Troubled Water’ (Simon & Garfunkel). Essa é a minha sensação, embora eu não tenha nada além para dizer. Sei que ele queria fazer uma ‘Bridge Over Troubled Water’.”

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Apesar da opinião crítica de John Lennon, “Let it Be” se tornou o último single dos Beatles antes da separação ter sido anunciada. A faixa emplacou no topo das paradas de Estados Unidos, Austrália, Canadá, Bélgica, Suécia e Noruega, entre outros países, além de chegar ao 2° lugar no Reino Unido e Alemanha.

Foi a principal música de trabalho do álbum, que leva o título da canção. O disco também fez sucesso: chegou ao primeiro lugar dos charts de Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália, entre outros.

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