Em 1983, Kirk Hammett entrou para o Metallica aos 20 anos de idade. Quatro décadas mais tarde, o guitarrista acostumou-se em tal nível com a própria discografia ao ponto de achar que seja fácil tocar as músicas da banda na guitarra – apesar dos erros cometidos no palco de vez em quando.
Junto do colega de instrumento Joe Satriani, Hammett participou do mais recente episódio do podcast oficial Metallica Report. Conforme transcrição da Guitar, o músico disse em determinado momento que, ao menos ao seu ver, é mais complicado executar faixas de estilos musicais como o bebop — uma corrente do jazz — do que as canções do quarteto.
Ele explicou:
“Sei que as pessoas vão querer me matar, mas a música do Metallica não é tão difícil para mim de tocar. É realmente difícil tocar bebop. Há progressões de jazz com mudanças de acordes a cada batida. Isso é difícil! É alucinante aprender a fazer um solo nesse tipo de música.”
Por isso, Kirk prefere passar boa parte do tempo estudando canções do gênero, além de solos clássicos:
“É aí que está o meu foco. Ou analisando solos clássicos de grandes solistas e tentando me aprofundar no lado teórico das coisas, olhando de um ponto de vista musical e vendo qual era o método deles. Toco músicas do Metallica há 40 anos. Claro que vai ser fácil para mim. É porque sou um guitarrista.”
Kirk Hammett e opinião sobre solos de guitarra
Em dezembro do ano passado, Kirk Hammett proferiu outra declaração polêmica a respeito de seu instrumento — rebatida por nomes como Angel Vivalvi. Na opinião do guitarrista, os solos de guitarra não são um atributo preponderante no sucesso do Metallica junto a pessoas que não são músicos.
Em entrevista à revista britânica Total Guitar, o instrumentista declarou:
“As pessoas não vão se lembrar de um ótimo solo de guitarra. Lamento dizer isso para todos os seus leitores. Elas vão lembrar de uma ótima melodia, de uma ótima música. Não estou falando de músicos. Esses sim, vão recordar. Mas os não-músicos, que são a maioria do mundo que escuta canções, não vão se lembrar dos solos de guitarra.”
Para o artista, a composição vitoriosa é aquela que leva o ouvinte em uma viagem. Atributo que apenas a experiência proporciona.
“As pessoas vão se lembrar, especialmente, daquela música que os levará a um lugar diferente de onde estavam cinco minutos antes. Comecei a me dar conta disso aos 15 anos. Estava começando a tocar guitarra junto com John Marshall (ex-técnico do instrumento no Metallica e integrante do Metal Church). Olhávamos para bandas como o Kiss, Aerosmith ou Van Halen. Eles escreviam as próprias canções. Então, nos demos conta de que precisávamos fazer o mesmo. Ainda que as primeiras não fossem tão boas, já significavam algo, pois eram nossas.”
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