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Por que até Ritchie Blackmore deixava Yngwie Malmsteen entediado artisticamente

Disco do Deep Purple foi o primeiro contato do guitarrista sueco com o heavy metal, mas mesmo muito jovem, ele percebia limitações no som

Não é difícil enxergar a influência de Ritchie Blackmore em Yngwie Malmsteen, mas o guitarrista sueco citou o britânico em uma lista de músicos que ele até gosta, mas não chegaram a ser influência para ele. Além disso, o mais novo aproveitou para explicar um pouco da diferença entre o seu trabalho e o do veterano do Deep Purple, Rainbow e Blackmore’s Night.

A lista foi feita para a Guitar World e conta com 11 grandes nomes da guitarra. A ideia era citar artistas que moldaram seu som, mas os comentários levaram a situação para um quadro ligeiramente diferente.

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Blackmore foi o terceiro citado e Malmsteen contou como teve seu primeiro contato com a música do Purple, ainda na infância – mas não sem fazer uma menção ao fato de ter sido um prodígio no instrumento. Ele disse:

“Quando eu tinha 8 anos, ganhei o (álbum) ‘Fireball’, do Deep Purple, e essa foi a primeira vez que ouvi qualquer tipo de heavy metal. Quando tinha 10 anos, eu podia tocar cada nota do (álbum ao vivo) ‘Made in Japan’ do Deep Purple – o disco inteiro, do início ao fim.”

Malmsteen ainda destacou algumas músicas que gosta. Porém, tratou de explicar a diferença entre seu trabalho e o de Blackmore, dando a entender que ele foi além do britânico no aspecto técnico.

“Eu gosto de ‘Child in Time’, ‘Strange Kind of Woman’, ‘Demon’s Eye’. Tudo isso soava bem. Mas eu podia dizer que era tudo escala pentatônica – não que haja qualquer coisa de errado com isso. Então é por isso que na primeira vez que fui aos Estados Unidos, a cabeça das pessoas explodiu como fogos de artifício. Não era como: ‘você está tocando bem, cara!’. Eles estavam literalmente caindo no chão porque eles não entendiam o que diabos estava acontecendo.”

A opinião de Ritchie Blackmore sobre Yngwie Malmsteen

Do outro lado, Ritchie Blackmore também tem suas opiniões a respeito de Yngwie Malmsteen. Ele as expressou em uma entrevista para a Guitar World em 1991, ainda em meio à sua última passagem pelo Deep Purple.

O veterano mostrou respeito, mas não se revelou um fã da música do sueco. Ele disse:

“Ele sempre foi muito simpático comigo e sempre nos damos bem. Apesar disso, não o entendo – seu jeito de tocar, suas roupas. Seus movimentos são meio assustadores. Normalmente, você diria: ‘esse cara é só um idiota’. Mas quando você o ouve tocar, você pensa: ‘esse cara não é idiota, ele sabe o que está fazendo’.”

Em seguida, Ritchie sugeriu que Yngwie “se acalmasse”.

“Ele não é Paganini, apesar de pensar que é. Quando Yngwie arrebentar todas as suas cordas exceto uma, e tocar a mesma coisa em uma corda só, aí sim eu vou me impressionar. Daqui três ou quatro anos, provavelmente vamos ouvir algo bom dele.”

Curiosamente, três ou quatro anos após a entrevista, Yngwie Malmsteen lançou os discos “The Seventh Sign” (1994) e “Magnum Opus” (1995), alguns de seus melhores trabalhos. Será que Blackmore conferiu esses álbuns?

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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A lista foi feita para a Guitar World e conta com 11 grandes nomes da guitarra. A ideia era citar artistas que moldaram seu som, mas os comentários levaram a situação para um quadro ligeiramente diferente.

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Blackmore foi o terceiro citado e Malmsteen contou como teve seu primeiro contato com a música do Purple, ainda na infância – mas não sem fazer uma menção ao fato de ter sido um prodígio no instrumento. Ele disse:

“Quando eu tinha 8 anos, ganhei o (álbum) ‘Fireball’, do Deep Purple, e essa foi a primeira vez que ouvi qualquer tipo de heavy metal. Quando tinha 10 anos, eu podia tocar cada nota do (álbum ao vivo) ‘Made in Japan’ do Deep Purple – o disco inteiro, do início ao fim.”

Malmsteen ainda destacou algumas músicas que gosta. Porém, tratou de explicar a diferença entre seu trabalho e o de Blackmore, dando a entender que ele foi além do britânico no aspecto técnico.

“Eu gosto de ‘Child in Time’, ‘Strange Kind of Woman’, ‘Demon’s Eye’. Tudo isso soava bem. Mas eu podia dizer que era tudo escala pentatônica – não que haja qualquer coisa de errado com isso. Então é por isso que na primeira vez que fui aos Estados Unidos, a cabeça das pessoas explodiu como fogos de artifício. Não era como: ‘você está tocando bem, cara!’. Eles estavam literalmente caindo no chão porque eles não entendiam o que diabos estava acontecendo.”

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Do outro lado, Ritchie Blackmore também tem suas opiniões a respeito de Yngwie Malmsteen. Ele as expressou em uma entrevista para a Guitar World em 1991, ainda em meio à sua última passagem pelo Deep Purple.

O veterano mostrou respeito, mas não se revelou um fã da música do sueco. Ele disse:

“Ele sempre foi muito simpático comigo e sempre nos damos bem. Apesar disso, não o entendo – seu jeito de tocar, suas roupas. Seus movimentos são meio assustadores. Normalmente, você diria: ‘esse cara é só um idiota’. Mas quando você o ouve tocar, você pensa: ‘esse cara não é idiota, ele sabe o que está fazendo’.”

Em seguida, Ritchie sugeriu que Yngwie “se acalmasse”.

“Ele não é Paganini, apesar de pensar que é. Quando Yngwie arrebentar todas as suas cordas exceto uma, e tocar a mesma coisa em uma corda só, aí sim eu vou me impressionar. Daqui três ou quatro anos, provavelmente vamos ouvir algo bom dele.”

Curiosamente, três ou quatro anos após a entrevista, Yngwie Malmsteen lançou os discos “The Seventh Sign” (1994) e “Magnum Opus” (1995), alguns de seus melhores trabalhos. Será que Blackmore conferiu esses álbuns?

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